Já está no ar nova campanha de prevenção à aids do Ministério da Saúde. Desenvolvida pela agência Propeg, as peças têm como assinatura a frase: "Aids, escolha sua forma de prevenção" que é baseada na abordagem da Prevenção Combinada, que consiste em informar as pessoas sobre as várias formas de prevenção e oferecer a elas a possibilidade de escolher e combinar as formas de prevenção que melhor se adeque as suas necessidades ou características.
"O objetivo é conscientizar as pessoas que os preservativos masculino ou feminino não são as únicas formas para prevenir a transmissão do vírus", explica a diretora do Departamento das ISTs, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Adele Benzaken.
Ela lembra que existem métodos e medicamentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que podem proteger a pessoa da infecção pelo vírus.
Como exemplo, ela cita a Profilaxia pós-exposição a PEP. Ela se aplica tanto aos casos de acidentes com objetos perfurocortantes, como agulhas e seringas, ou em relações sexuais desprotegidas.
Após a exposição, a pessoa tem de 4 a 72 horas para iniciar o tratamento com antirretrovirais por um período de 28 dias. Esse tratamento impede que a pessoa se infecte com o HIV.
Além do uso do preservativo e da PEP, a campanha fala sobre a necessidade de realização de testes para o HIV, sobretudo no início do pré-natal no caso das mulheres grávidas. "Se o resultado da mãe for positivo, há protocolos que podem impedir a transmissão do vírus para o bebê.
Além disso, quanto antes uma pessoas souber que está infectada com o HIV, pode iniciar precocemente o tratamento e evitar com isso o desenvolvimento da doença e evitar o ciclo de transmissão do vírus para outras pessoas, já que, em tratamento a carga viral tende a ficar indetectável", ressalta Benzaken.
A campanha também chama atenção para o uso do preservativo como forma de proteção contra as outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Porque ao tratar uma dessas infecções, como clamídia, gonorreia, sífilis, herpes genital etc., diminui-se a chances de infecção pelo HIV, já que uma IST aumenta em até 18 vezes as chances de uma pessoa pegar o HIV numa relação sexual desprotegida.
A prevenção combinada, esta nova abordagem adotada pelo Ministério da Saúde para falar de prevenção ao HIV, engloba oito formas de prevenção, que devem ser escolhidas e combinadas por cada pessoa, de acordo com cada situação vivida.
São elas:
Preservativo Masculino e Feminino
Redução de Danos (não compartilhamento de objetos perfuro cortantes)
Testagem regular de HIV
Exame de HIV e outras DSTs no pré-natal
Profilaxia Pré-Exposição (PrEP)
Profilaxia Pós-Exposição (PEP)
Diagnosticar e tratar outras IST
Tratamento para todas as pessoas
As peças da campanha são constituídas por dois filmes, um de 90 segundos - para as redes sociais - e um de 30 segundos para as TV abertas; 01 spot de rádio; cartazes voltados para gestantes, casal homoafetivo, heterossexuais e mulheres trans.
O público-alvo prioritário da campanha são os jovens, uma das populações-chave para a infecção pelo HIV. Por isso, a linguagem simples e leve, de fácil entendimento.
Os últimos números divulgados pelo Ministério da Saúde demonstram que no Brasil estima-se que 827 mil pessoas vivem com HIV/aids. Desse total, 372 mil não estão se tratando e 112 mil não sabem que têm o vírus.
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