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27/12/2016 às 10:33, Atualizado em 27/12/2016 às 10:38

Nova campanha do Ministério da Saúde adota a chamada Prevenção Combinada para evitar o HIV/aids

Ela lembra que existem métodos e medicamentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que podem proteger a pessoa da infecção pelo vírus.

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www.aids.gov.br

Já está no ar nova campanha de prevenção à aids do Ministério da Saúde. Desenvolvida pela agência Propeg, as peças têm como assinatura a frase: "Aids, escolha sua forma de prevenção" que é baseada na abordagem da Prevenção Combinada, que consiste em informar as pessoas sobre as várias formas de prevenção e oferecer a elas a possibilidade de escolher e combinar as formas de prevenção que melhor se adeque as suas necessidades ou características.

"O objetivo é conscientizar as pessoas que os preservativos masculino ou feminino não são as únicas formas para prevenir a transmissão do vírus", explica a diretora do Departamento das ISTs, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Adele Benzaken.

Ela lembra que existem métodos e medicamentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que podem proteger a pessoa da infecção pelo vírus.

Como exemplo, ela cita a Profilaxia pós-exposição a PEP. Ela se aplica tanto aos casos de acidentes com objetos perfurocortantes, como agulhas e seringas, ou em relações sexuais desprotegidas.

Após a exposição, a pessoa tem de 4 a 72 horas para iniciar o tratamento com antirretrovirais por um período de 28 dias. Esse tratamento impede que a pessoa se infecte com o HIV.

Além do uso do preservativo e da PEP, a campanha fala sobre a necessidade de realização de testes para o HIV, sobretudo no início do pré-natal no caso das mulheres grávidas. "Se o resultado da mãe for positivo, há protocolos que podem impedir a transmissão do vírus para o bebê.

Além disso, quanto antes uma pessoas souber que está infectada com o HIV, pode iniciar precocemente o tratamento e evitar com isso o desenvolvimento da doença e evitar o ciclo de transmissão do vírus para outras pessoas, já que, em tratamento a carga viral tende a ficar indetectável", ressalta Benzaken.

A campanha também chama atenção para o uso do preservativo como forma de proteção contra as outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).

Porque ao tratar uma dessas infecções, como clamídia, gonorreia, sífilis, herpes genital etc., diminui-se a chances de infecção pelo HIV, já que uma IST aumenta em até 18 vezes as chances de uma pessoa pegar o HIV numa relação sexual desprotegida.

A prevenção combinada, esta nova abordagem adotada pelo Ministério da Saúde para falar de prevenção ao HIV, engloba oito formas de prevenção, que devem ser escolhidas e combinadas por cada pessoa, de acordo com cada situação vivida.

São elas:

Preservativo Masculino e Feminino

Redução de Danos (não compartilhamento de objetos perfuro cortantes)

Testagem regular de HIV

Exame de HIV e outras DSTs no pré-natal

Profilaxia Pré-Exposição (PrEP)

Profilaxia Pós-Exposição (PEP)

Diagnosticar e tratar outras IST

Tratamento para todas as pessoas

As peças da campanha são constituídas por dois filmes, um de 90 segundos - para as redes sociais - e um de 30 segundos para as TV abertas; 01 spot de rádio; cartazes voltados para gestantes, casal homoafetivo, heterossexuais e mulheres trans.

O público-alvo prioritário da campanha são os jovens, uma das populações-chave para a infecção pelo HIV. Por isso, a linguagem simples e leve, de fácil entendimento.

Os últimos números divulgados pelo Ministério da Saúde demonstram que no Brasil estima-se que 827 mil pessoas vivem com HIV/aids. Desse total, 372 mil não estão se tratando e 112 mil não sabem que têm o vírus.

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