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16/05/2018 às 14:30, Atualizado em 16/05/2018 às 15:20

Nova Andradina recebe espetáculo teatral gratuito sobre violência doméstica

Espetáculo Entrelaces foi apresentado no Museu Municipal nos dias 12 e 13 de maio.

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Foto: William Gomes

Em parceria com a Prefeitura Municipal, o Coletivo Usina trouxe para Nova Andradina neste final de semana seu espetáculo mais aclamado: “Entrelaces”, uma peça-denúncia sobre um dos maiores problemas atuais, a violência doméstica.

Em sua história, o espetáculo já alcançou lugares de destaque na cultura do Estado, realizando apresentações na Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande e sendo selecionado para o Festival Boca de Cena – Mostra Sul-Mato-Grossense de Teatro e Circo, em 2018.

Como uma das propostas do Coletivo Usina é levantar dados atualizados sobre casos de violência nas cidades por onde o espetáculo passa e incorporá-los à peça, a cena final relembrou o caso de feminicídio da agente de saúde, Andrea Regina Moreira Cavalcante, ocorrido no ano passado no município de Nova Andradina.

Após a exibição do espetáculo, a subsecretária da Semcias, Sonia Rodrigues não se furtou de falar sobre a temática da violência doméstica. “O governo municipal tem uma rede de proteção atuante e vem realizando campanhas educativas, palestras em escolas e disseminado informações sobre este tipo de crime, além de estimular às mulheres a procurarem a Delegacia para formalizar a denúncia contra o agressor”, revelou.

A peça foi apresentada no Museu Municipal nos dias 12 e 13 de maio, dentro da programação especial dedicada ao Dia das Mães. A ação foi organizada pela SEMCIAS (Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social). A realização é do Coletivo Usina.

Mais sobre o espetáculo

Entrelaces é um convite a uma discussão interminável: estaríamos todos nós presos às nossas próprias escolhas? Primeiro texto da jovem dramaturga brasileira Dora Vivacqua, o espetáculo, que estreia o conceito de teatro radioativo do Coletivo Usina, mistura o cotidiano e o ambiente prisional feminino, sejam eles concretos ou fabulizados, entre referências de obras artísticas dos anos 2000, dramas familiares, exercícios metalinguísticos, dança contemporânea e uma pincelada de denúncia.

Em cena, Tina apenas sobrevive sozinha em uma cela escura de alguma prisão qualquer. Dandara, uma misteriosa e ingênua prisioneira, entra no jogo sem aviso prévio, fazendo com que o sistema estabelecido por Tina sofra alterações significativas, iniciando um vertiginoso jogo de troca de papéis, revelando os motivos da prisão: um relacionamento abusivo, uma arma e muitos propósitos. Apenas uma única escolha mudará a sua vida.

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