Apenas 6% dos cursos avaliados no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) em 2016 conseguiram conceito máximo na prova. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O desempenho das universidades federais é melhor do que o da rede privada. As federais tiveram 43% das instituições com conceito 4 e 16% com o conceito 5. Enquanto isso, nas privadas, os percentuais foram, respectivamente de 19% e 3%.
A Universidade de São Paulo (USP) chegou a fazer o Enade em uma "experiência piloto" no anos de 2013-2014, mas como sua adesão é facultativa, a instituição optou por não participar nas demais edições por ter divergências com o modelo de avaliação adotado, de acordo com sua assessoria de imprensa.
O Enade avalia o quanto os estudantes dominam os conteúdos específicos do seus cursos e da formação geral. A participação na prova é obrigatória: sem ela, o universitário não consegue pegar o diploma.
Entre os cursos de bacharelado avaliados, o índice mais alto de comparecimento à prova foi dos concluintes do curso de medicina. Já o maior índice de falta ficou com os universitários de educação física, que tiveram 83% de comparecimento.
A partir de novembro, o governo federal deve divulgar outros dois índices que tomam a prova do Enade como base, que são o Conceito Preliminar do Curso (CPC) e Índice Geral de Cursos (IGC).
Eles ainda estão em processamento e vão incluir, além do desempenho dos alunos, questões como corpo docente, infraestrutura, recursos didático-pedagógicos e ainda a avaliação dos cursos pós-graduação de cada instituição junto a Capes. No ano passado, 11% dos cursos de graduação tiveram conceito abaixo da média no CPC.
Perfil e situação financeira
O Enade também aplica um questionário sócio-econômico aos estudantes. Os dados mostram que a maioria dos estudantes é autodeclarada branca (51,7%), seguida dos pardos (36,1%). Os solteiros respondem por 74,4%. O perfil da amostra mostra que a maioria tem até 25 anos (46,9%), mora com os pais (54,6%) e tem renda familiar entre 1,5 e 4,5 salários mínimos (47,6%).
O levantamento mostrou ainda que 9,8% dos universitários contam com algum tipo de programa governamental para se manter na universidade.
Fonte - G 1
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