Publicado em 04/03/2017 às 19:05, Atualizado em 04/03/2017 às 17:17

No Brasil, professores são quatro vezes mais agredidos que ao redor do mundo

Estudo comparou 45 países.

Redação,
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Divulgação

Um estudo feito pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) revelou que os professores brasileiros sofrem agressões verbais e intimidações de alunos quase quatro vezes mais que a média mundical.

De acordo com o estudo Um Olhar Sobre a Educação 2016, que comparou a situação da educação em 45 países durante todo o ano, a média das agressões sofridas pelos professores e diretores de escolas foi de 3,4%.

No Brasil, 12,5% dos educadores ouvidos disseram sofrer agressões verbais ou intimidaçõe de alunos ao menos uma vez por semana.

A média de professores brasileiros que disseram se sentir valorizados em sua profissão foi de 12,6%. A média geral é quase três vezes maior, de 31%.

Parte dessa insatisfação vem do pagamento inferior da categoria em relação à média internacional. Ainda de acordo com o estudo, professores brasileiros recebem metade da média dos outros países estudados.

O salário médio do educador brasileiro, segundo a pesquisa, é de R$ 38,6 mil ao ano. O valor chega a ser inferior ao de nações latino-americanas como Chile, Colômbia e México.

E a gratificação dos professores brasileiros é menor mesmo trabalhando mais. Em média, por ano o educador trabalha 42 semanas no Brasil, enquanto a média internacional é de 40 semanas no pré-primário e 37 nos cursos técnicos.

A diferença nos salários fica com os professores universitários em instituições federais, que recebem entre R$ 125,5 mil a R$ 238,6 mil ao ano, valor mais elevado do que a maioria dos países da pesquisa da OCDE.

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