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04/12/2025 às 13:30, Atualizado em 04/12/2025 às 14:20

MS registra primeiro foco de ferrugem asiática da safra 2025/2026

Confirmação veio após análise laboratorial; calor e alta umidade aumentam risco de disseminação do fungo na região sul do Estado

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Divulgação

O Consórcio Antiferrugem confirmou nesta quarta-feira (3) o primeiro foco de ferrugem asiática da safra 2025/2026 em uma área comercial de soja no município de Sete Quedas. A suspeita havia sido comunicada no último dia 27 de novembro.

Segundo informações levantadas pela Aprosoja, a equipe da Terrana Consultoria identificou sintomas avançados da doença e encaminhou amostras para análise técnica, que confirmou a presença do fungo causador da ferrugem asiática. A lavoura, plantada na segunda quinzena de setembro, segue sendo monitorada por equipes locais.

A confirmação ocorreu em um cenário de temperaturas elevadas e alta umidade na região sul do Estado — condições que ampliam a circulação dos esporos no campo. Os primeiros sintomas aparecem como manchas marrom-avermelhadas na parte inferior das folhas e evoluem para pontos escuros distribuídos pela planta. O ataque reduz a capacidade de fotossíntese, causa desfolha precoce e compromete a formação dos grãos.

A ferrugem asiática é provocada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, que se instala principalmente nas folhas e pode provocar prejuízos severos quando não há um manejo eficiente. Em casos extremos, as perdas podem chegar a 90% da produção, alterando totalmente o desempenho da lavoura.

O controle da doença depende de um conjunto de práticas integradas, como o vazio sanitário, a rotação de culturas e o uso de sementes mais resistentes. O vazio sanitário — período em que o produtor é obrigado a manter o campo sem plantas vivas de soja — interrompe o ciclo do fungo e reduz a quantidade de esporos que sobreviveriam até o início da próxima safra. A medida atua como barreira sanitária e complementa o monitoramento constante das áreas.

Antes da confirmação em Mato Grosso do Sul, o painel do Consórcio Antiferrugem já contabilizava oito focos no Brasil: seis no Paraná e um em São Paulo. Na safra anterior, o Estado registrou 12 ocorrências, ficando em terceiro lugar entre os estados com maior número de casos.

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