Massa de ar seco permanece em MS até julho e especialistas alertam para cuidados

Uma massa de ar seco chegou ao Mato Grosso do Sul nesta semana e promete causar uma elevação nas temperaturas e queda na umidade relativa do ar até o início de julho. Com o tempo seco, moradores devem se atentar para cuidados com a saúde e com o meio ambiente.

O meteorologista Natalio Abrahao Filho, da Estação Meteorológica Uniderp, explica que a previsão de chuva para a próxima semana é muito baixa. “Temos uma massa de ar frio atuando, mas ela perde força, fazendo com que as temperaturas aumentem e a umidade caia”.

Já o Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e de Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul) prevê que a massa de ar seco deve ficar no estado até o início de julho. “A massa de ar seco deverá intensificar na parte central do país. Nesse período, a umidade relativa do ar poderá diminuir e variar entre 20% a 30%, considerado estado de atenção”, diz.

Cuidados com a saúde

Com a umidade do ar baixa, sul-mato-grossenses devem se cuidar. Durante o clima seco, a tendência é de que os problemas respiratórios se agravem. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) divulgou dados sobre as doenças que mais incidem em atendimentos durante dias de clima seco, são elas: resfriado, amigdalite aguda, infecções agudas das vias aéreas, gripe, pneumonia, faringite aguda e sinusite aguda. Os dados são de pacientes que procuraram as unidades de saúde entre os meses de janeiro a maio, incluindo UBSs (unidades básicas de saúde), UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde).

A Sesau recomenda utilizar umidificadores, ingerir ao menos 2 litros de água por dia, lavar as mãos regularmente, proteger o nariz e a boca durante o espirro ou tosse, evitar tocar o nariz e a boca, melhorar a circulação do ar ao abrir as janelas, evitar aglomerações e manter hábitos saudáveis.

Alerta para incêndios

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul alerta que, em tempo de estiagem, a baixa umidade do ar e ventos proporcionam uma condição favorável para casos de incêndio. Durante o tempo seco, os locais mais prováveis para incêndio são as vegetações, residências e amontoados de lixo e madeira. Só no último inverno, foram registrados 3.435 incêndios em locais como estes.

“Durante o frio, as casas também registram incêndios porque, muitas vezes, a pessoa quer se aquecer e faz uma lareira irregular ou decide fazer um bife da chapa, que também é causa de vários acidentes”, diz o Corpo de Bombeiros.

Confira as recomendações para evitar incêndios:

– Ao trafegar pelas estradas e rodovias, não lance pontas de cigarro pela janela do veículo;

– A limpeza de terrenos deve ser feita sem uso do fogo;

– Reduza o uso de embalagens de produtos diversos, para diminuir a quantidade de lixo na natureza;

– Ao realizar acampamentos, seja bastante cuidadoso na hora de acender fogueiras, velas e lampiões. Só acenda as fogueiras após limpar bem o local, retirando completamente a vegetação em volta. Procure fazer sua fogueira em local aberto, como por exemplo, numa clareira ou à beira do rio, para que o fogo não prejudique os galhos e folhas das árvores que estejam em volta ou acima dela. Quando não for mais utilizar a fogueira, certifique-se que as brasas estão apagadas e resfriadas. Se possível, enterre o as sobras de material (carvão, brasas e cinza). Não jogue os restos da fogueira no rio. Nunca se ausente do acampamento, deixando para trás a fogueira acessa ou com torrões em brasa;

– Não jogue lixo. As latas de metal, os cacos e garrafas de vidro podem se aquecer ao sol e acabar dando origem às queimadas;

– Nunca queime lixo. Você pode enterrar as folhas e lixos orgânicos; picar; ou ensacar, colocando para o caminhão de coleta levar;

– Para evitar incêndios em residências, orientamos não ligar vários aparelhos juntos;

– Cuidado ao utilizar velas e aquecedores;

Nos casos de incêndio, acione o Corpo de Bombeiros Militar pelo telefone 193. Para denunciar alguém que provoca queimada urbana, entre em contato com a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista) pelo telefone 3368-6144.