Publicado em 11/10/2018 às 10:32, Atualizado em 10/10/2018 às 21:01

Mais de 50% das estradas de MS estão em boas condições, diz DNIT

Diminuição de recursos federais impacta na qualidade da pavimentação.

Redação,
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Foto - Marcos Donzeli (arquivo Nova Noticias).

O estudo desenvolvido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sobre as condições de manutenção das rodovias federais pavimentadas no Brasil foi divulgado nesta quarta-feira (10). Na metodologia de avaliação são observados itens como quantidade de remendos, trincamento, roçada nas margens, drenagem e conservação das vias.

Em Mato Grosso do Sul, 52% das estradas foram consideras boas, 24% regulares, 16% ruins e 8% péssimas, no total de 3,6 mil quilômetros de vias de domínio federal. Dentre os trechos com melhores condições estão: BR-262 no sentido Terenos a Corumbá; BR-060 trecho Sidrolândia a Nioaque, e Chapadão do Sul; BR-376 trecho Dourados até Fátima do Sul; BR-359 em Alcinopólis; BR-463 no trecho de Dourados a Ponta Porã e BR-376 entre Dourados e Fátima do Sul.

A publicação informou ainda, que dos 57,2 mil quilômetros de rodovias federais pavimentadas no Brasil, sob a administração do DNIT, 33,7 mil (59%) estão em bom estado de conservação, conforme mostra a segunda edição do ICM – Índice de Condição da Manutenção (ICM), divulgada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes nesta quarta-feira, 10/10.

A pesquisa é feita pela autarquia com o objetivo de manter uma radiografia atualizada das condições da malha federal e utilizar as informações apuradas na tomada de decisões sobre investimentos como obras de implantação, pavimentação, duplicação e manutenção da malha.

Esta segunda rodada de pesquisa revelou ainda que 18% das rodovias estão em estado regular; 10%, ruim; e 13%, péssimo. No primeiro levantamento, que refletia o estado da malha federal no primeiro trimestre de 2017, 67,5% das rodovias estavam em bom estado; 21%, regular; 7%, ruim; e 5%, péssimo.

QUALIDADE EM BAIXA

Os dados mostram queda na qualidade da malha. A queda coincide com a diminuição dos recursos destinados à infraestrutura rodoviária. Nos últimos quatro anos, a média do orçamento do Ministério dos Transportes para o setor rodoviário caiu 28%, passando de R$ 9,66 bilhões, entre 2011 e 2014, para R$ 6,97 bilhões, de 2015 a 2018.

A redução provocou uma variação negativa de 22% nos recursos para manutenção e conservação das rodovias no comparativo entre esses dois períodos citados. No entanto, nos últimos quatro anos, o ministério tem direcionado mais da metade do seu orçamento (54%, em média) para a manutenção da malha federal.

“Apesar do contingenciamento, garantimos os investimentos para a conservação e manutenção da malha, o que é prioritário para evitar a degradação do patrimônio público e também para garantir segurança a quem viaja”, afirmou o ministro dos Transportes, Portos e Aviação, Valter Casimiro, informando que este esforço pode ser verificado se comparados os investimentos em manutenção e conservação em 2011 e este ano. Enquanto há oito anos o ministério investia 42,7% de seu orçamento em manutenção e conservação, este ano está investindo 58,5% para o mesmo fim.

METODOLOGIA

Os critérios para avaliação do pavimento consideram a ocorrência e a frequência de defeitos no pavimento, enquanto os critérios para avaliação da conservação analisam a roçada (altura da vegetação), a drenagem (dispositivos superficiais) e a sinalização (elementos verticais e horizontais).

Uma pista em boas condições não tem buracos, com poucas ocorrências de remendos e/ou trincas; tem canteiros centrais e áreas vegetais laterais podadas; e sinalização visível. Por outro lado, uma pista com vários remendos, panelas (cavidades), de sinalização precária e mato alto pode ser considerada ruim ou mesmo péssima.

Para fazer o levantamento, uma equipe técnica do DNIT percorre de cada rodovia da malha federal pavimentada, quilômetro por quilômetro, fazendo um georreferenciamento das estradas por satélite. As rodovias em pista simples são avaliadas em um sentido, considerando as duas faixas.

As em pista dupla nos dois sentidos, de forma independente. Depois disso, os dados são registrados no aplicativo criado pela área de engenharia do DNIT para conclusão do levantamento e elaboração do relatório.

Conteúdo - Correio do Estado