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31/10/2017 às 16:05, Atualizado em 31/10/2017 às 14:06

Juíza é investigada por julgar ações elaboradas por ela mesma, no RJ

Magistrada alegou que houve "equívoco" em sentenças.

A juíza do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), Sílvia Regina Portes Criscuolo, está sendo investigada por julgar ações em que ela mesma se apresenta como a autora, pedindo indenização a empresas particulares.

A magistrada teria proferido já uma sentença em um dos casos, e dado despacho de outros três, elaborados por ela mesma, segundo o jornal Extra. O caso chamou a atenção da Corregedoria Geral de Justiça.

Um processo disciplinar foi aberto contra Sílvia, em janeiro. “Há indícios de irregularidade administrativa perpetrado pela magistrada”, apontou o corregedor-geral da Casa, Valmir de Oliveira Silva.

Em depoimento à Corregedoria, a juíza alegou ter homologado uma sentença “por equívoco” em um dos processos, em que ela pede indenização por dano moral a uma empresa de colchões.

Da mesma forma, nos outros três processos em que fez despachos, a juíza disse que teria despachado um “bolo de ações”, sem saber que fazia parte de algumas delas.

Por meio da ação contra a empresa de colchões, a magistrada conseguiu garantir que seria instalada uma cama box em sua casa, além de conseguir enxoval da cama, alegando estar “dormindo no chão”.

“Ela deveria ter se declarado impedida por ser autora”, disse um magistrado ao Extra. Para os corregedores que avaliam o caso, é difícil crer na tese do “mero equívoco”. O julgamento de Sílvia segue em sigilo.

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