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30/04/2022 às 11:01, Atualizado em 30/04/2022 às 10:49

Imasul convoca população para discutir enquadramento de mais dois córregos no interior do Estado

A classificação considera onze variáveis de possibilidades do uso da água de determinado corpo hídrico

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Divulgação

Servidores da Gerência de Recursos Hídricos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) estarão em Nova Andradina e Dourados na próxima semana realizando reuniões públicas para apresentar os estudos e discutir o enquadramento de mais dois corpos d’água. No dia 3 de maio, às 18h30, a reunião será no Centro de Convenções Sílvio Ubaldo de Souza, em Nova Andradina, para discutir o enquadramento do Córrego Baile, e no dia 4 de maio, também às 18h30, acontece a Reunião Pública no cineauditório da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), em Dourados, quando se discute o enquadramento do Córrego Laranja Doce.

O enquadramento atende a critérios técnicos que avaliam a qualidade da água de determinado corpo hídrico (rio, córrego, lagoa) e tem o objetivo de estabelecer meta para sua melhoria, além de especificar a que uso essa água pode ser destinada na condição em que se encontra. São cinco as classes dos corpos hídricos, a depender do grau de pureza (Especial, Classe 1, Classe 2, Classe 3 e Classe 4), indo desde o padrão excelente até ruim.

“Não significa que o corpo d’água classificado como Nível 4 esteja poluído e totalmente impróprio para uso. Mas que pode e deve ser melhorado. Ao determinar o nível em que o corpo d’água se encontra, o estudo também aponta as ações a serem executadas para elevar o padrão de qualidade até se chegar aos níveis mais altos”, disse o gerente de Recursos Hídricos do Imasul, Leonardo Sampaio.

A classificação considera onze variáveis de possibilidades do uso da água de determinado corpo hídrico: preservação e equilíbrio natural das comunidades aquáticas, proteção das comunidades aquáticas, recreação de contato primário, aquicultura, abastecimento para consumo humano, recreação de contato secundário, pesca, irrigação, dessedentação de animais, navegação e harmonia paisagística.

Antes de serem classificados, todos os corpos hídricos são considerados de Classe 2, ou seja, estão aptos para atender a todos os usos possíveis, com exceção do primeiro: preservação e equilíbrio natural das comunidades aquáticas. Após o estudo que avalia a qualidade em geral da água e do entorno do corpo hídrico, pode acontecer de haver rebaixamento de nível, o que induz a falsa sensação de que ocorreu uma piora. “Na verdade, o que está acontecendo é o estabelecimento da Classe correta mediante os estudos realizados”, explica Sampaio.

É desejado que os corpos hídricos de Nível Especial sejam aqueles estabelecidos no interior de unidades de conservação, tendo em vista que as medidas protecionistas contribuem para uma melhor qualidade da água. A partir daí, quanto maior o nível, mais se restringe a possibilidade de usos da água, mas sempre tendo o cuidado para não haver piora, antes, contribuir para melhorar sua qualidade. Os rios classificados no Nível 4 só podem ser usados para navegação e harmonia paisagística.

O Imasul já fez a classificação de inúmeros corpos hídricos. Atualmente, estão em processo de classificação outros onze, entre os quais os córregos Baile e Laranja Doce, cujas reuniões públicas acontecem na semana que vem.

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