A greve dos caminhoneiros entrou em seu oitavo dia consecutivo, nesta segunda-feira (28), com pontos de bloqueio e de manifestações em todo o Brasil. Os principais reflexos observados, neste primeiro momento, é o desabastecimento de combustíveis em muitas cidades – que estão desde a semana passada sem receber as carretas das distribuidoras – e a falta de gêneros alimentícios, especialmente, os hortifrútis e os laticínios. Porém, os efeitos na economia devem ser sentidos nas próximas semanas e meses, alertam os economistas.
A Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) apontou que a paralisação, na sexta-feira passada (25), já havia atingido 60% dos estabelecimentos industriais com interrupção ou redução do funcionamento. Com a greve, os caminhões de matérias-primas e de combustíveis não chegaram às indústrias sul-mato-grossenses.
A situação crítica para o setor industrial é confirmada pelo economista Renato Prado Siqueira. Ele explica que ainda não é possível fazer prognósticos, porém, a indústria deve ser um dos setores mais afetados pela paralisação do setor de transporte de carga.
“Além da questão do combustível e da distribuição de alimentos para população, o diesel e a gasolina são usados na indústria e isso vai ter impacto na produção. Impactando a produção, diminui as vendas, a distribuição dos produtos e, no sentido de que está tudo interligado, acaba tendo prejuízo para toda cadeia de produção e distribuição dos produtos”, alerta o economista.
Conteúdo - Midiamax
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.