Publicado em 07/06/2019 às 15:01, Atualizado em 06/06/2019 às 16:58

Geração de energia no MS pode crescer 50% com usinas no Rio Pardo

Aneel apresentou estudo que identificou a viabilidade de produzir mais 130 MW com construção de novas unidades.

Redação,

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) apresentou hoje, em Campo Grande, estudo de potencial hidrelétrico da bacia do Rio Pardo. O levantamento identificou que sete PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) podem ser construídas na área, e, juntas, teriam 130 MW de potência.

Segundo o diretor-geral da Aneel, André Pepitone da Nóbrega, o inventário apresentado prevê “agregar em praticamente 50% a potência hidráulica já instalada no Estado”. Atualmente, Mato Grosso do Sul pode produzir até 2,5 GW, dos quais 2,2 GW oriundos das 49 usinas termelétricas e 0,3 das 49 unidades hidrelétricas.

Chamado de Inventário Participativo de Potencial Hidrelétrico, o estudo foi apresentado ontem no auditório do Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). A entidade ambiental participou do levantamento.

Conforme a Aneel, os 130 MW de potência identificados na bacia do Rio Pardo são suficientes para abastecer população de 1 milhão de pessoas ou 322 mil residências. A agência aponta ainda que a construção das PCHs pode viabilizar investimento de R$ 1 bilhão para o Estado.

O inventário aprovado pela Aneel prevê a viabilidade para instalação de cinco PCHs no Rio Pardo: Barreiro (24,1 MW), São Sebastião (23,9 MW), Cachoeira Branca (21 MW), Botas (18,2 MW) e Recreio Jusante (13 MW). Outras duas seriam construídas no Ribeirão das Botas, afluente do Pardo: Cervo (16,1 MW) e Ribas (13,6 MW).

Presente no lançamento do estudo, o titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, explicou que a participação do Imasul na elaboração do inventário dá maior segurança ao futuro empreendedor interessado na construção de uma PCH.

“Antes, esses investidores identificavam o potencial, ficavam um, dois anos até fazer o registro na Aneel e quando chegavam no órgão ambiental, por uma questão de criticidade, não era aprovado. Se perdia muito tempo. Agora nós temos uma sinalização de qual é o potencial desse rio e a partir daí começa todo o processo ambiental. Isso não quer dizer que todas as sete serão autorizadas ambientalmente”, detalhou.