Publicado em 06/11/2017 às 15:00, Atualizado em 06/11/2017 às 10:16

Funcionária vítima de ataque em creche de Janaúba morre em hospital de BH

Geni Oliveira Lopes Martins, de 63 anos, era auxiliar de professora na Creche Gente Inocente.

Redação,

A auxiliar de professora Geni Oliveira Lopes Martins, de 63 anos, que trabalhava na Creche Gente Inocente, morreu no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. A secretária de Educação de Janaúba, Luzia Angélica Santos, confirmou que recebeu a informação na madrugada desta segunda-feira (6).

Com a morte de Geni, subiu para 12 o número de mortos na tragédia da Creche Gente Inocente, em Janaúba, na Região Norte de Minas Gerais.

No dia 5 de outubro, Damião Soares dos Santos, de 50 anos, invadiu a creche, ateou fogo em funcionários, alunos e no próprio corpo. Ele não resistiu e morreu. No momento do ataque havia 75 crianças e 17 funcionários na escola. Doze pessoas morreram - nove alunos, a auxiliar de professora Geni Martins, a professora Heley Abreu Batista e o vigia Damião.

Geni estava em coma e foi transferida para a capital mineira com 70% do corpo queimado. No dia da tragédia, ela completou 63 anos. Em 12 de outubro, o marido dela, Odail Custódio Martins, disse ao G1 que uma sobrinha acompanhava os cuidados com a mulher. Ele desabafou e pediu ajuda.

"Somos casados há 40 anos e temos três filhos; um deles é doente. Eu ainda não recebi nenhuma visita. Quem vai poder me ajudar? Eu já estou sem condições de arcar com as viagens dos familiares para ir vê-la. Em Belo Horizonte, estamos com apoio de uma casa. Aqui, a gente ainda não recebeu nenhum tipo de ajuda. Ela é funcionária da creche e precisamos até de apoio psicológico".

Três pessoas seguem internadas na Santa Casa de Montes Claros, sendo duas crianças e um adulto; todos estão estáveis. Em Belo Horizonte, no Pronto-Socorro João XXIII, quatro pessoas ainda estão internadas; uma mulher que trabalhava na creche e uma criança estão em estado grave. Outras duas crianças estão com estado de saúde estável, de acordo com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

Fonte - G 1