Publicado em 11/05/2018 às 16:31, Atualizado em 11/05/2018 às 16:06

Formação recebida no IFMS garante ingresso em universidades estrangeiras

Estudantes dos campi Campo Grande e Ponta Porã embarcam para os Estados Unidos ainda este ano. Os dois ressaltam a importância da iniciação científica no ensino médio do IFMS.

Redação,

A oferta de ensino de excelência e a possibilidade de vivenciar uma cultura diferente alimentam o sonho de muitos estudantes brasileiros, que buscam estudar fora do país. Soma-se a esses fatores o reconhecimento que possuem os profissionais com formação em país estrangeiro.

Diante deste cenário, dois jovens estudantes de cursos técnicos integrados ao ensino médio ofertados pelo Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) tornaram realidade seus sonhos e estão de malas prontas para uma nova jornada. São eles Juliana Arevalos Bordão e Lucas Mudo de Araújo, dois dos primeiros estudantes da instituição a cursarem graduação no exterior.

Juliana, 19, é egressa do curso técnico em Informática do Campus Ponta Porã, tendo estudado na instituição de 2013 a 2016. Ela foi aceita em duas universidades norte-americanas: Bates College (Maine) e Dartmouth College (New Hampshire).

Com a dupla aprovação, ela abandonou seu curso de graduação na Universidade de São Paulo (USP), onde havia ingressado neste ano, e teve que decidir em qual das instituições iria estudar. Assim, em agosto, parte para New Hampshire, onde ingressará no Dartmouth College.

"O semestre inicia efetivamente em setembro, mas já vou para os Estados Unidos em agosto, para iniciar minha ambientação", destacou a estudante.

Juliana foi bolsista de iniciação científica no IFMS, tendo apresentado projetos em seminários e congressos. Ganhou cerca de 30 prêmios em competições estudantis. Exemplos desses resultados expressivos foram as primeiras colocações em eventos como a Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul (Fetec/MS), a III Expo Milset e a VI Computer on The Beach.

Além destes, alcançou a quarta colocação na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada pela USP e considerada a maior feira de trabalhos científicos desenvolvidos por estudantes de ensino médio do país.

Juliana aponta que seu envolvimento com a pesquisa desde o ensino médio foi um dos fatores considerados pelas universidades norte-americanas em seu processo de seleção.

"Eu percebi quais eram minhas áreas de interesse na iniciação científica, que foi elemento central em minha formação. O diferencial que o IFMS abriu para mim foi quando tive acesso a recursos para apresentação de trabalhos em feiras e congressos", apontou a estudante Juliana Bordão, aceita em duas universidades norte-americanas.

"Eu passei a gostar de estudar e também percebi quais eram minhas áreas de interesse na iniciação científica, que foi elemento central em minha formação. O diferencial que o IFMS abriu para mim foi quando tive acesso a recursos para apresentação de trabalhos em feiras e congressos", destacou ainda a estudante.

Graduação inovadora

Já o estudante Lucas Mudo de Araújo, que está no último semestre do curso Técnico Integrado em Informática do Campus Campo Grande, foi aceito pela Minerva School (EUA), para ingresso no curso superior de Engenharia da Computação, com início em setembro deste ano.

O processo de seleção da instituição também apresenta características específicas. "Possui três etapas. Participei de desafios, os challengers, no site da instituição, depois foi a entrega de históricos escolares, e produção de um currículo personalizado, no qual tive que apresentar redações sobre seis objetivos por mim já alcançados", explicou Lucas.

A graduação na Minerva School possui caráter inovador e abre possibilidades para que o acadêmico conheça diferentes culturas e formas de aprendizado que o estimulem ao crescimento. Para isso, durante o período do curso, o acadêmico residirá em São Francisco, sede da universidade e, ainda, em outras seis cidades: Berlim (Alemanha), Buenos Aires (Argentina), Haiderabade (Índia), Londres (Inglaterra), Seul (Coréia do Sul) e Taipé (Taiwan).

Como estudante do IFMS, Lucas foi bolsista de iniciação científica, tendo apresentado seus trabalhos em congressos e também alcançado resultados expressivos em olimpíadas de conhecimento, como a segunda colocação na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. O currículo expressivo e aprovação no processo seletivo renderam ao estudante uma bolsa de estudos, concedida pela própria Minerva School, pelos cinco anos de sua graduação.

Apoio - No IFMS os estudantes que manifestam interesse em buscar vagas em universidades no exterior podem receber orientação da Assessoria de Relações Internacionais, representada pelo professor Flávio Rocha. Ele explica as formas como os estudantes podem ser apoiados.

"É imprescindível fomentarmos cada vez mais o ensino de idiomas, com o Cenid, o Centro de Idiomas do IFMS, no qual estamos trabalhando para que os campi iniciem oferta de cursos em diversos idiomas", ressaltou o Assessor de Relações Internacionais, Flávio Rocha.

"A Assessoria de Relações Internacionais tem auxiliado diversos estudantes com traduções de documentos, por exemplo. Auxiliamos o estudante Lucas também no envio de informações institucionais e preenchimento de formulários".

Outra forma de apoio tem sido o ensino de idiomas na instituição e também com aplicação de testes de proficiência. "É imprescindível fomentarmos cada vez mais o ensino de idiomas, com o Cenid, o Centro de Idiomas do IFMS, no qual estamos trabalhando para que os campi iniciem oferta de cursos FIC [Formação Inicial e Continuada] em diversos idiomas", afirmou.

Quanto aos testes de proficiência, o IFMS foi contemplado em edital do Ministério da Educação (MEC), que trata da abertura dos Núcleos de Idiomas (Nucli) nos Institutos Federais, onde será habilitado novamente para aplicação de exames como Toeic Bridge e o Toefl ITP, além de possível oferta de cursos de idiomas pelo Nucli.