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22/04/2017 às 19:17, Atualizado em 22/04/2017 às 16:22

Exposição fotográfica no MIS retrata olhar de índio na realidade de seu povo

Trinta e duas fotografias em preto e branco mostram a realidade das etnias Terena, Guató, Ofaié e Guarani-Kaiowa.

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Foto: Dionedison Terena

Está aberta a exposição “Noneti – Uma câmera, um índio e 500 anos de opressão” que retrata o olhar de um índio sobre a história de seu povo por meio de uma câmera fotográfica.

Trinta e duas fotografias em preto e branco mostram a realidade das etnias Terena, Guató, Ofaié e Guarani-Kaiowa que compõe a exposição aberta ao público até o dia 15 de maio no Museu de Arte Contemporânea (MIS) com a curadoria da jornalista Marinete Pinheiro.

O fotógrafo Dionedison Terena, 39 anos, é natural da aldeia Bananal e atualmente vive na aldeia Água Bonita. Entrou no mundo da fotografia em 2007, “foi pela necessidade de contrapor a mídia da forma como noticiam o ambiente indígena, muitas vezes distorcendo as informações”, diz o índio, que ainda relata já ter tido seus equipamentos fotográficos apreendidos por autoridades.

O indígena espera que a mostra possa trazer reflexão às pessoas que forem visitar a exposição sobre os fatos, compreenderem a luta indígena, “também possam conscientizar outras pessoas da nossa luta e conhecerem mais nossa realidade”, frisa Dionedison.

Esta já é a segunda exposição que Dionedison participa, na quinta-feira (20) fez outra exposição no Rio de Janeiro e diz querer aprofundar ainda mais no mundo das imagens fazendo documentários. Já fez vários cursos de fotografia, inclusive, da ECA (Escola de Comunicação Audiovisual da Bolívia). Começou fazendo curso de fotografia no Pontão de Cultura Guaicuru no projeto Índio Brasil e não quer parar por ai, já está elaborando um projeto de conscientização nas escolas da aldeia, para que a história de seu povo seja contada por eles mesmos. “Hoje eu troquei o arco e a flecha pela fotografia em defesa do meu povo”, enfatiza.

Serviço:

A exposição “Noneti – Uma câmera, um índio e 500 anos de opressão” acontece no MIS, de 18/04 a 15/05. O horário de funcionamento do museu é das 7h30 às 17h30. Informações à imprensa pelo contato: Dionedison Terena: (67) 96370838.

André Messias – Fundação de Cultura de MS (FCMS)

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