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14/01/2018 às 16:42, Atualizado em 14/01/2018 às 19:35

Estudante de Jornalismo de SP concorreu a prêmio com material produzido com moradores de Nova Andradina

Conheça a história de pessoas que se mobilizaram voluntariamente para fazer o bem através da Internet.

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Estudante de Jornalismo Ester Santana.Foto: Reprodução Rede sociais

Acadêmica de Jornalismo na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, recentemente fez uma reportagem com moradores de Nova Andradina.

Com a participação de 300 estudantes de diversas universidades públicas e privadas, a acadêmica do terceiro semestre, natural do estado da Bahia, concorreu ao ‘Prêmio Santander Jovem Jornalista’, promovido pelo Jornal Estado de São Paulo, quando ela escreveu um texto para contar a história de um casal de Nova Andradina que teve um filho curado pelo câncer nos Estados Unidos.

A acadêmica também entrevistou o pecuarista Ademar Capuci. Ele que  é o responsável pelo o Hospital do Câncer no estado do MS.

Confira abaixo o conteúdo da reportagem, produzida pela estudante.

Redes Sociais servem como ponte para criação de ações solidárias

Conheça a história de pessoas que se mobilizaram voluntariamente para fazer o bem através da Internet

O som do sino da cura ressoa pelo corredor do hospital Nicklaus Children’s, em Miami, nos Estados Unidos, toda vez que uma criança vence o tratamento contra o câncer. No caso do brasileiro Benjamin Ogura, a luta contra a doença começou em dezembro de 2016, quando foi diagnosticado com leucemia mielóide aguda (LMA), aos nove meses de idade.

Com o avanço da doença, os pais de Benjamin precisaram deixar o emprego e passaram a se dedicar integralmente ao tratamento do filho. Foi então que eles tiveram a ideia de criar uma “vaquinha” online para ajudar nas despesas. “Meu marido ganhava por hora, então, quando parou de trabalhar, abrimos uma campanha num site americano de doações online”, explica Renata Ogura, mãe de Benjamin.

Naturais de Nova Andradina, município do estado de Mato Grosso do Sul, o casal Renata e Rafael Ogura moravam nos Estados Unidos, mas contaram com ajuda da família e de amigos no Brasil, que levantaram diferentes quantias para contribuir com os gastos.

Uma dessas ações teve o apoio da psicopedagoga Telma Rubega, 40, que faz parte da fraternidade feminina Claudia Turra, responsável por ajudar financeiramente crianças carentes. “Pedi ajuda as mulheres da fraternidade, que rapidamente votaram a favor de doar mil reais para Benjamin”, conta Telma.

Após a doação, outras pessoas quiseram colaborar, por isso, Telma teve a ideia de criar uma rifa online e contou com a ajuda de uma amiga, que doou uma bolsa para ser sorteada. A psicopedagoga lançou a campanha nas redes sociais, e em pouco tempo a rifa se esgotou. Devido o sucesso da ação solidária, ainda hoje Telma organiza rifas e arrecada prêmios para crianças deficientes de Nova Andradina.

Segundo Cláudia Cruz de Souza, mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), isso é possível graças às facilidades e o alcance das redes sociais. “Quando as pessoas reunidas no mundo virtual aderem a uma causa, elas compartilham e se movimentam. O resultado de uma ação desse tipo é sem precedentes”, afirma Cláudia.

O Hospital do Câncer de Barretos, no estado de Mato Grosso do Sul, realiza uma série de atividades que incentivam a solidariedade. Caminhadas, leilões virtuais, arrecadações de alimento e até mesmo lenços para pacientes vítimas do câncer, fazem parte da rotina do hospital, muitas vezes visto como um lugar de dor e sofrimento.

O responsável pelas unidades do Hospital no Mato Grosso do Sul, Ademar Capuci, diz perceber a empatia social que as ações despertam no público. “Fazemos atividades com fins humanitários, mas quem divulga essas ações são os próprios beneficiados. Eles compartilham nossas atividades através das redes sociais”, declara Capuci.

Reportagem de Ester Santana.

Ela Cursa Jornalismo na Universidade Anhembi, em São Paulo.

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