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05/05/2018 às 12:04, Atualizado em 05/05/2018 às 00:36

Estiagem de quase 30 dias no MS pode afetar produção de milho em até 50%

Região sul é a que mais teve prejuízos com a falta de chuvas.

A primeira semana de maio termina com cenário preocupante para os agricultores de Mato Grosso do Sul, que têm lavoura de milho 2ª safra, referente ao ciclo 2017/2018. Com estiagem próxima de 30 dias, produtores já calculam prejuízos no volume e produtividade da colheita que deve iniciar no dia 10 de junho.

No boletim semanal divulgado nesta sexta-feira (4), pela unidade técnica da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), a região sul, compreendida pelos municípios de Dourados, Itaporã, Fátima do Sul, Juti e Caarapó, ficou confirmado que perdas na produção ultrapassaram 25% e o índice pode dobrar e superar 50%.

De acordo com o analista técnico do Sistema Famasul, Leonardo Carlotto, dois fatores foram fundamentais para uma revisão decrescente na estimativa produtiva do milho 2ª safra.

"Em função dos baixos preços obtidos no mercado, muitos produtores decidiram diminuir a área plantada em mais de 8%, caindo de 1,8 milhão para 1,7 milhão de hectares. Neste início de ano, o excesso de chuvas atrasou o plantio de muitas lavouras, e agora, que as espigas estão em fase de crescimento vegetativo e formação de espiga, a estiagem já comprometeu a produtividade que deve cair de 85 para 80 sacas por hectare", observa.

DEMAIS REGIÕES

Carlotto lembra que a região com melhor performance até o momento e que ainda não afetada pela falta de chuvas é o Norte do Estado, cuja demarcação geográfica compreende os seguintes municípios: Sonora, Pedro Gomes, Chapadão do Sul, Costa Rica e Paraiso das Águas.

Na publicação técnica da Famasul, observa-se que a as localidades conseguiram iniciar o plantio ainda na primeira semana de janeiro, e o fato da região ter somente 12 dias sem chuvas, propiciará uma melhor perfomance da lavoura.

A projeção inicial para safra 2017/2018 do milho safrinha foi de 8,6 milhões de toneladas produzidas e uma produtividade media de 85 sacas por hectare.

Em comparação aos dados da safra anterior (2016/2017) estima-se até o momento redução da área plantada em aproximadamente 8,21%, passando de 1,8 milhão para 1,7 de milhão de hectares.

Foi identificada ainda pela equipe técnica que monitora as lavouras, uma redução de 11,64% em relação a expectativa do volume de produção de grãos (de 9,8 milhões de toneladas na safra 2016/2017 para 8,6 milhões de toneladas na safra 2017/2018).

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