Publicado em 09/08/2017 às 13:30, Atualizado em 09/08/2017 às 12:44

Estado realiza ação para identificar causa morte de 1.100 animais em fazenda

A principal suspeita é que rebanho tenha sido vítima de botulismo.

Redação,
Cb image default
Foto: Rural News

Ao tomar conhecimento de que 1.100 bois confinados na Fazenda Marca 7, em Ribas do Rio Pardo, foram encontrados mortos, o governado de Mato Grosso do Sul, realiza uma ação conjunta por meio da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) com a SFA/MS/Mapa (Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul), na tentativa de identificar a causa da morte dos animais.

Medidas estão sendo tomadas para a prevenção, detecção precoce e contenção de uma possível doença. Conforme o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o rápido diagnóstico de animais doentes ou infectados é importante para evitar sua disseminação.

O dono da fazenda estima um prejuízo de R$ 2 milhões com a morte dos animais e serviços da saúde acreditam que a morte ocorreu devido a botulismo (doença bacteriana rara). Todos os bois estão sendo enterrados na propriedade e não existe registro da doença nas propriedades vizinhas.

Conforme a Iagro, a suspeita clínica da causa da morte dos animais é botulismo, mas o resultado laboratorial só será divulgado em uma semana. Amostras da ração oferecida aos animais, que é produzida na própria fazenda, e da água da localidade foram enviadas para o laboratório estadual e, caso o resultado seja positivo, será enviado para uma segunda análise em um laboratório de São Paulo.

O botulismo ataca o sistema nervoso do animal provocando paralisia motora e o período de incubação é de uma semana a oito dias. A gravidade da doença está diretamente ligada à quantidade de toxinas que o animal ingeriu e pode ser dividia em quatro graus: Super aguda, Aguda, Subaguda e Crônica. Os principais sintomas são anorexia, falta de coordenação e ataxia.

No ser humano, a doença também ataca o sistema nervoso, podendo levar a morte conforme a quantidade de toxina expelida pela bactéria. Os principais sintomas no ser humano são visão dupla e embaçada, fotofobia (aversão à luz), ptose palpebral (queda da pálpebra), tonturas, boca seca, intestino preso e dificuldade para urinar.