Publicado em 01/06/2018 às 07:38, Atualizado em 31/05/2018 às 15:40

Em MS, Exército fez 97 escoltas e ajudou transportar 1,7 milhão de litros de diesel

Durante paralisação, um líder do movimento foi preso por acertar pedra em caminhão.

Redação,
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Divulgação

Com efetivo de 2,5 mil militares, o Exército fez 97 escoltas para transportar combustível em Mato Grosso do Sul, no período de sábado passado até a manhã desta quinta-feira (31), durante a paralisação dos caminhoneiros, informou o coronel Duarte Júnior, do CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande.

A operação, batizada de São Cristóvão, segue até o dia 4, segunda-feira. Até esta manhã, não havia nenhum ponto de bloqueio no Estado, segundo o coronel.

O superintendente regional da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Luiz Alexandre, que acompanhou toda a mobilização da paralisação dos caminhoneiros, iniciada dez dias atrás, também confirmou o fim da mobilização.

Até terça-feira passada havia ao menos 80 pontos bloqueados em trechos das rodovias federais e estaduais, que cruzam o Estado. Para desbloquear as rodovias foi criado uma comissão de gestão de crise que envolveu o Exército, Polícia Federal, PRF, Polícia Rodoviária Estadual e Polícia Militar.

Durante o ato de paralisação, num episódio ocorrido na região de Ponta Porã, a polícia prendeu um dos líderes dos caminhoneiros. De acordo com o chefe da PRF, um motorista que seguia com carga para Dourados foi atacado com uma pedrada que quebrou o para-brisa do caminhão.

Luiz Alexandre disse que o líder da mobilização seguiu atrás do motorista numa motocicleta e o esperou na estrada. Assim que o caminhão passava, a liderança atirou a pedra. Ele foi preso e levado para a delegacia de Ponta Porã e lá ficou. Havia um mandado de prisão contra o manifestante, não pelo ato grevista. O motorista não se feriu.

EXÉRCITO

Levantamento do Exército indica que em cinco dias, os militares escoltaram o transporte de 1,6 milhão de óleo diesel, 124 mil litros de querosene e 200 mil litros de etanol.

O coronel disse que na missão envolvendo o Exército não houve incidentes com os manifestantes. “Nós priorizamos o diálogo, negociações exaustivas”, afirmou o oficial.

Ainda de acordo com o coronel, o decreto presidencial indica que as escoltas devam ocorrer até dia 4, segunda-feira, mas “pode ser prorrogada”.

A PRF, disse o superintendente, acompanhou 111 escoltas e acompanhou ao menos 437 veículos de cargas.

Luiz Alexandre informou ainda que durante o período de feriado, a PRF liberou o trânsito de veículos tidos como grandes, cujo tráfego exige a AET (Autorização Especial de Trânsito). Em dias normais esses caminhões são barrados por até 12 horas para entrar na pista das rodovias.

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