Publicado em 13/01/2020 às 08:36, Atualizado em 12/01/2020 às 19:38

Em 2019, governo abriu quase 11 mil processos contra servidores

Em média, foram 30 ações iniciadas a cada dia. Desses casos, quase 60% envolvem corrupção. Número é 15,3% menor que o de 2018.

Redação,

O governo federal abriu 10,7 mil processos administrativos contra servidores públicos em 2019. Em média, foram 30 ações começadas a cada dia. Dessas ocorrências, quase 60% são relativas a casos de corrupção.

Os dados fazem parte de um levantamento do Metrópoles, com base no Painel Correição em Dados, elaborado pela Controladoria Geral da União (CGU) com informações das corregedorias dos órgãos.

O número, que já é alto, pode ficar ainda maior. Segundo os dados, 28,8% dos processos ainda não foram concluídos. Daqueles que já foram concluídos, 1.751 servidores receberam advertências e 1.314 acabaram suspensos.

O governo abriu menos processos contra servidores quando comparados os dados de 2018 e do ano passado. A redução chega a 15,3%. Nos 12 meses de 2018, foram iniciadas 12.666 ações administrativas.

No ano passado, os ministérios da Economia e da Educação centralizaram a sanção mais severa. Lá, 173 e 171 servidores acabaram expulsos, respectivamente.

Os ministérios da Justiça e Segurança Pública (58), da Saúde (35), do Meio Ambiente (27) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (20) e a Presidência da República (17) completam a lista.

Série histórica

Desde o início da série histórica, em 2003, 70,4 mil processos foram abertos. Desses, 65% se debruçaram sobre casos de corrupção. Nesse período, 7,9 mil servidores foram expulsos, 5,8 mil, advertidos e 6,4 mil, suspensos.

Desde o início da série histórica, no ano de 2003, o atual Ministério da Economia acumula o maior volume de demissões: foram 8.923 desde 2003. Na sequência, aparecem as seguintes pastas: Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (2.605), Educação (1.454), Justiça e Segurança Pública (1.226) e Saúde (871).

Entre as outras sanções registradas pelo Painel Corregedorias, estão suspensões (afastamentos temporários) e advertências. Em cinco anos, foram 1.771 e 863, respectivamente.

O outro lado

O Ministério da Economia não comentou o caso. A pasta é responsável pela autorização de contratação de servidores públicos e publicação de demissões.