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09/03/2017 às 16:29, Atualizado em 09/03/2017 às 17:52

Em 20 dias Evangélico pode parar de atender o SUS

Segundo a presidente do Conselho Municipal de Saúde, o prazo será de 20 dias, passado ele se não houver se resolvido a questão, será pedido a intervenção do hospital.

Em uma reunião tensa na manhã desta quinta-feira (09), entre o Conselho Municipal de Saúde, Ministério Público Estadual, secretária de saúde e Hospital Evangélico, foi definido um prazo de 20 dias para que não haja o pedido de intervenção da unidade de saúde.

A medida é sobre a questão do Hospital Evangélico que suspenderia os atendimentos a pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) já na sexta-feira (10). Os motivos seriam que no entender do HE, a tabela SUS está desatualizada há pelo menos sete anos e isso tem contribuído para a crise no Hospital.

Segundo a presidente do Conselho Municipal de Saúde, o prazo será de 20 dias, passado ele se não houver se resolvido a questão, será pedido a intervenção do hospital, com isso deixará de atender os pacientes do SUS.

"Demos esse prazo de 20 dias. Não vamos mais concordar que as pessoas fiquem sem tratamento, sem dormir por pensar em chegar no hospital sem ser atendido, pacientes indo a óbito sem atendimento. Apenas esses 20 dias, não resolveu vai intervir sim o hospital. Ele alega que recebe menos que os outros hospitais, mas ele não paga imposto e a filantropia que ele têm", disse Berenice.

Questionada sobre o valor da dívida atual do hospital, a presidente contou que há dois anos o mesmo teria dito que seria de R$ 50 milhões, porém não tem como afirmar qual seria realmente o montante.

De acordo com o secretário de saúde de Dourados, o médico Renato Vidigal, a reunião foi tensa, porém ele entende que o município não teria direcionar os atendimentos para outros locais caso estivense a intervenção do hospital, já que a logística é complexa.

"A proposta do Conselho Municipal de Saúde é que houvesse uma intervenção amanhã, é impossível. Nós temos que pensar primeiro na população do município, amanhã e no dia seguinte não temos condições de fazer essa intervenção, pois a envolve uma logística que é muito complexa, fomos pego de surpresa e graças a Deus foi solucionado o problema. O conselho concordou em dar o prazo de 20 dias, para o município o estado e também a União participar dessa nova contratualização que será feita pelo evangélico. E o hospital por sua vez também concordou em não paralisar os serviços, que continuam normal", completou o secretário.

Diante da reunião entre as partes envolvidas o que foi definido além do prazo é que uma pessoa do município, ficaria responsável em fiscalizar a utilização do repasse feito pelo mesmo para o hospital.

"O município entende que foi uma reunião tensa, mas foi um ganho para a cidade e para os usuários do SUS, pois havia a possibilidade de amanhã o Hospital Evangélico interromper o atendimento, e conseguimos reverter essa situação na reunião. Ficou decidido que o Evangélico continuará a fornecer os serviços de médio e de alta complexidade, onde envolve os serviços de oncologia e cardiologia. Amanhã estarei junto com o promotor do Ministério Público Estadual em constato com o secretário estadual de saúde, para que possamos trabalhar juntos e o mais rápido possível na solução financeira da instituição, que é o Hospital Evangélico", disse o Renato.

Ele disse ainda que no encontro ficou definido que o município iria repagar um valor como forma de adiantamento, para que pudesse ajudar o hospital na questão de compra de medicamentos e materiais cirúrgicos, porém não disse o quanto seria.

"O município faz desde janeiro os repasse em dia e o problema da instituição é antigo e vem se acumulando desde 2015, que não tem reajuste dos repasses, e esse que vamos fazer agora é para uma compra emergencial deles de medicamentos e materiais cirúrgicos, e será feito um adiantamento da produtividade que pagamos ao Hospital Evangélico e que ficamos a partir de hoje apoiados pelo Conselho Municipal de Saúde, fiscalizar esses repasses. Vamos colocar uma pessoa técnica dentro da instituição para fiscalizar o real direcionamento desse dinheiro que o município repassa", explicou o secretário de saúde.

O representante do hospital, disse apenas que irá continuar os atendimentos, porém espera que as partes envolvidas entre em um consenso para resolver a situação.

Fonte - DouradosNews

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