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09/01/2021 às 11:27, Atualizado em 09/01/2021 às 09:29

Defensoria Pública da União pede à Justiça o adiamento do Enem

O documento da defensoria diz que temos agora uma prova agendada exatamente no pico da segunda onda de infecções

A Defensoria Pública da União pediu à Justiça o adiamento das provas do Enem marcadas para 17 e 24 de janeiro (versão impressa). Originalmente, o exame seria feito em novembro, mas a data foi alterada devido à pandemia. O Enem 2020 tem 5,78 milhões de candidatos confirmados. A versão digital será realizada em 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

Assinam a ação contra o Ministério da Educação (MEC) e o Inep, autarquia responsável pelo exame, também a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e as entidades Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Educafro.

O documento da defensoria diz que "temos agora uma prova agendada exatamente no pico da segunda onda de infecções, sem que haja clareza sobre as providências adotadas para evitar-se a contaminação dos participantes da prova, estudantes e funcionários que a aplicarão".

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E complementa dizendo que "não há maneira segura para a realização de um exame com quase seis milhões de estudantes neste momento, durante o novo pico de casos de COVID-19".

Em entrevista, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, descartou um novo adiamento, e disse que o órgão está preparado para fazer a prova com a pandemia.

Lopes afirma que as medidas de prevenção contra o coronavírus serão as mesmas para todos os lugares. Não haverá planejamento especial para os locais que estejam com aumento no número de casos, segundo o presidente do Inep.

Entre as medidas, estão:

Uso obrigatório de máscaras para candidatos e aplicadores;

Disponibilização de álcool em gel nos locais de prova e nas salas (a quantidade total só será conhecida após a aplicação do exame);

Recomendação de distanciamento social no deslocamento até as salas de provas

Identificação de candidatos do lado de fora das salas, para evitar aglomeração – haverá marcações no piso para ter distanciamento, caso haja fila

Contratação de um número maior de salas: na edição de 2019 foram 140 mil locais de aplicação; agora serão 200 mil

Salas de provas com cerca de 50% da capacidade máxima

Candidatos idosos, gestantes e lactantes ficarão em salas com 25% da capacidade máxima

Higienização das salas de aulas, antes e depois do exame

Além disso, o presidente do Inep aponta que as provas vão ser feitas aos domingos, quando há menor circulação de pessoas nas cidades. O G1 entrou em contato com o Inep nesta sexta para saber a posição da autarquia sobre a ação da Defensoria e aguarda resposta.

Fonte - G 1

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