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23/11/2017 às 18:00, Atualizado em 23/11/2017 às 17:45

CONTO: Tributo para todos os soldados

Por Felipe Pereira.

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Felipe Pereira

Tiros ecoaram por todos os lados. As trincheiras foram atacadas. O primeiro sargento Thomas Davis estava responsável por guiar uma das melhores infantarias. Sempre fora um homem dedicado e um líder nato. Seu pai, Willian Davis, serviu no Vietnã, fora condecorado como veterano de guerra. Thomas agora estava no Afeganistão ajudando a combater o grupo extremista islâmico. O exercito do Estados Unidos fora enviado para cá, em resposta a um ataque do grupo extremista.

- Abaixem-se homens – gritou Thomas quando uma granada foi lançada. Estilhaços voaram por todos os cantos.

O caos era eminente. Em ambos os lados militares e civis estavam morrendo. Para Thomas era motivo de orgulho servir seu país, porém as mortes o deixava nauseado.

- Atenção soldados! Vamos avançar. – O sargento deu o comando.

- Tem certeza que é uma boa ideia? Têm civis por todos os lados e já sofremos baixas demais. – Questionou o melhor amigo de Thomas, o segundo sargento Nicholas Stevan.

- Precisamos. – Disse displicentemente.

A infantaria avançou. Um grupo de poucos soldados foram enviados para retirar os civis remanescentes. Muitos soldados haviam morrido ou se ferido. Thomas e Nicholas fizeram a frente. Sem que ao menos esperassem, um míssil foi lançado contra a tropa americana.

- Escondam-se soldados! – Berrou Thomas desesperado. Era tarde demais, muitos haviam sucumbido com a explosão, outros ficaram feridos. Os extremistas avançaram com metralhadoras e mais armas potentes. Thomas recuou seus homens. Um projetil foi atirado em sua direção, Nicholas arremessou-se sobre Thomas para desloca-lo ao chão, longe da bala.

- Obrigado! Espera o que é isso? – Thomas reparou que o projetil acertou em cheio o peito de seu parceiro de guerra. – Não! Não! Não! – Desesperou-se.

Nicholas arfou pesadamente, seu tórax subia e descia com dificuldade.

- Diga a Caroline que eu a amo. – Disse Nicholas, referindo-se a sua noiva.

- Você não vai morrer. Vou te levar para casa está me ouvindo? Você vai viver.

- Nem você acredita nisso. – Disse o moribundo com um sorriso travesso no rosto. O sorriso foi desaparecendo conforme a morte ia levando-o para seu lar eterno. Mais um militar morrera por seu país, mais um bom homem que lutou bravamente em uma guerra sem fim.

Autor: Felipe Pereira

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