O retorno do abastecimento a postos de combustíveis neste domingo (27), em algumas cidades de Mato Grosso do Sul não significa que o problema de desabastecimento esteja solucionado de forma definitiva. A gasolina que está chegando a alguns postos da Capital e do interior é proveniente de estoques das distribuídoras.No entanto, esse combustível é limitado e quando acabar não deve ser reabastecido, pois os caminhões estão presos em pontos de protesto.
De acordo com Nelson Alves, 44 anos, caminhoneiro que é líder do grupo de manifestantes que está no posto Caravágio, em Campo Grande, enquanto não houver acordo com Governo Federal, os caminhões-tanques carregados com combustíveis, que estão parados nas rodovias, não irão reabastecer as distribuidoras.
"A manifestação saiu da porta das distribuídoras que ficam dentro da cidade, então, o combustível que estava armazenado lá será distribuído. Mas quando acabarem os estoques do centro de distribuição, os postos ficarão desabastecidos de novo, porque os caminhões-tanque que sairam das refinarias estão parados nas rodovias", explicou.
As distribuidoras não informaram até quando devem durar os estoques, nem se haverá escolta de caminhões, caso o combustível acabe.
Segundo o gerente executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes MS (Sinpetro/MS), Edson Lazaroto, por enquanto, estão sendo distribuídos cinco mil litros de combustível por posto. "O produto em estoque está sendo distribuído de forma planejada, pois, é preciso atender várias cidades do interior do Estado que não têm mais combustível. Nossa expectativa é de que até amanhã a situação se normalize e os cidadãos possam sair para trabalhar normalmente", afirmou o representante do sindicato.
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