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19/02/2019 às 13:00, Atualizado em 19/02/2019 às 13:59

Com desvios há 17 anos, ação contra o Sistema S cumpre 2 mandados em MS

A engrenagem do esquema de corrupção está ativa desde 2002 e, conforme a investigação, tem empresas ligadas a um mesmo núcleo familiar.

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Equipe da Polícia Federal na Fiems, que coordena dois "S": Sesi e Senai. (Foto: Henirque Kawaminami)

A operação Fantoche, que investiga corrupção envolvendo o Ministério do Turismo e o Sistema S, cumpre dois mandados de busca e apreensão em Campo Grande. Um dos alvos é a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), no bairro Amambaí, onde há equipe da PF (Polícia Federal).

São dos “S” ligados à Fiems: Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial ) e Sesi (Serviço Social da Indústria). A reportagem entrou em contato com o presidente da federação, Sergio Longen, que pediu para retornar a chamada e logo desligou.

A ação é coordenada pela Polícia Federal de Pernambuco, com colaboração do TCU (Tribunal de Contas da União), e investiga organização criminosa que cometeu crime contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.

O cálculo é que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões decorrentes de contratos. Ao todo, são cumprindo 40 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária. As prisões são em Pernambuco, Nova Lima (Minas Gerais), Maceió (Alagoas) e Campina Grande (Paraíba). A operação também acontece em São Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

Conforme o G1 de Pernambuco, foi preso o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade.

O esquema – A engrenagem do esquema de corrupção está ativa desde 2002 e, conforme a investigação, tem empresas ligadas a um mesmo núcleo familiar, no setor de publicidade.

O modelo de ação consiste na utilização de entidades de direito privado sem fins lucrativos para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o ministério e unidades do Sistema S

Os contratos, em sua maioria, são voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial. Posteriormente, os recursos são desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada.

As medidas foram determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.

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