Publicado em 01/12/2019 às 16:30, Atualizado em 01/12/2019 às 10:17

Com 46,6% das vagas não preenchidas em MS, faculdades apostam em promoções

Oito faculdades em Mato Grosso do Sul oferecem descontos nas mensalidades na semana da Black Friday.

Redação,

Para quem quer cursar uma faculdade atualmente se depara com inúmeras opções de cursos, meios de pagamentos e bolsas de estudos. E apesar das facilidades oferecidas pelas instituições, muitas vagas permanecem abertas e faculdades acabam apostando em promoções para atrair os estudantes.

Conforme o levantamento da plataforma Quero Bolsa, em Mato Grosso do Sul tem atualmente 46,6% de vagas não preenchidas nas universidades. Em Campo Grande o número é de 45,9%. Entre faculdades presenciais e a distância, a opção foi recorrer a ação comercial anualmente conhecida: a Black Friday.

Uma faculdade localizada na Avenida Afonso Pena oferece, por exemplo, o curso de Direito com mensalidade que antes era de R$ 1.767, por R$ 493. O curso de Arquitetura e Urbanismo também foi incluído na promoção e está de R$ 1.655 por R$ 1.090.

Outra universidade também oferece desconto na Black Friday. Para quem pensa em cursar Engenharia Civil pode garantir uma mensalidade de R$ 1.695 por R$ 855.

Segundo o último Censo da Educação Superior, das mais de 4 milhões de vagas disponíveis nos primeiros anos de cursos presenciais, menos de 2 milhões foram preenchidas. “Este cenário faz com que as instituições adotem práticas comerciais para atraírem estudantes, uma vez que é sabido que a mensalidade é a principal barreira de ingresso ao ensino superior”, afirmou Lucas Gomes, o diretor de ensino superior da Quero Bolsa.

Porque sobram vagas

Segundo dados do Censo da Educação Superior, realizado anualmente pelo Inep, órgão ligado ao Ministério da Educação, a oferta de novas vagas não parou de crescer mesmo em um período de queda no ingresso de novos alunos em cursos presenciais. Isso fez com que o percentual de vagas não preenchidas chegasse ao maior nível da década, 55,7%

No auge dos programas públicos de financiamento (Fies) e bolsas de estudo (Prouni), a ociosidade no sistema era de pouco mais de 40%. Com as restrições à concessão do benefício, a quantidade de vagas não preenchidas subiu rapidamente. A queda na renda das famílias obrigou as próprias instituições de ensino a criar mecanismos para facilitar o pagamento dos seus cursos.

No último ano 1,6 milhão de estudantes tinham algum benefício privado para cursarem faculdades particulares, como bolsas de estudo. É mais do que a soma dos beneficiados pelo Fies (821 mil) e Prouni (575 mil). Com isso, o total de alunos matriculados no ensino superior privado com financiamento ou bolsa de estudo chegou a 46,8%, em 2018.

“O aluno que tem o sonha de fazer uma faculdade e não poderia realizá-lo por restrições no orçamento encontra uma forma de ingressar no ensino superior. Quem faria faculdade tem agora a chance de escolher não só o melhor curso, mas também a melhor condição”, avalia Lucas Gomes.

Com informações do Midiamax