Publicado em 01/10/2020 às 16:41, Atualizado em 01/10/2020 às 15:43

Colheita do milho acaba com cinco semanas de atraso em relação à safra passada

No ciclo seguinte, 2014/2015, foram cultivados 1,72 milhão de hectares, com produtividade de 88,6 sacas por hectare e 9,144 milhão de toneladas produzidas.

Redação,
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Foto - reprodução DouradosNews

A colheita dos 1,895 milhão de hectares cultivados com milho em território sul-mato-grossense na safra atual foi encerrada na segunda metade de setembro, com cinco semanas de atraso em relação ao ciclo anterior. Os resultados finais, porém, só devem ser divulgados na próxima semana.

No mais recente boletim Casa Rural, a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) detalha que somente a região sudeste (composta pelos municípios de Naviraí, Itaquiraí, Batayporã, Nova Andradina, Jateí, Eldorado, Anaurilândia, Iguatemi, Novo Horizonte do Sul, Bataguassu, Mundo Novo, Taquarussu e Japorã) colheu abaixo das expectativas.

Como todas as outras regiões produtoras do Estado superaram a média de produtividade estimada em 76 sacas por hectare, a entidade acredita que a projeção de uma produção de 8,650 milhões de toneladas possa ser revista para mais.

Na série histórica elaborada pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), é detalhado que na safra 2013/2014 Mato Grosso do Sul plantou 1,67 milhão de hectares com milho, colheu em média 85,68 sacas por hectare e produziu 8,585 milhões de toneladas.

No ciclo seguinte, 2014/2015, foram cultivados 1,72 milhão de hectares, com produtividade de 88,6 sacas por hectare e 9,144 milhão de toneladas produzidas.

O pior resultado foi no plantio 2015/2016. Nessa safra os agricultores sul-mato-grossenses semearam 1,74 milhão de hectares, colheram 58,4 sacas por hectare e produziram volume total de 6,097 milhões de toneladas.

Esse cenário ruim foi revertido no ciclo 2016/2017. Com 1,8 milhão de hectares plantados, a produtividade atingiu 88,3 sacas por hectare e a produção 9,812 toneladas.

Depois, foram semeados 1,814 milhão de hectares no cultivo 2017/2018. Foram colhidas 70,13 sacas por hectare, totalizando 7,838 milhões de toneladas produzidas.

O recorde ocorreu na safra passada, 2018/2019. A área cultivada com milho chegou a 2,173 milhões de hectares e a produtividade média atingiu 93,23 sacas por hectare, conferindo uma produção total de 12,157 milhões de toneladas.

SOJA

Com o fim da colheita do cereal, os agricultores agora preparam suas áreas para o plantio da soja. Através de consultas a produtores, sindicatos rurais e empresas de assistências técnicas, o Siga-MS verificou “vários produtores realizando a aplicação de corretivos como preparação do solo para o cultivo” da próxima safra da oleaginosa.

No entanto, a Famasul destaca que os produtores aguardam chuvas com maiores concentrações para realizar o cultivo. A projeção é de que 3,645 milhões de hectares sejam semeados. Com aumento aproximado de 7,55% da área (foram 3,389 milhões de hectares no ciclo passado), é esperado que a produção também cresça, dos 11,325 milhões de toneladas na safra 2019/2020 para 11,591 milhões de toneladas no ciclo atual, com produtividade estimada em 53 sacas por hectare.

“A expectativa é que a safra seja semeada em meados do mês de outubro, devido as previsões climáticas não indicarem precipitações consistentes no mês de setembro. Não haveria problema com a semeadura neste período, haja vista que nos últimos 8 anos 62,4% do plantio ocorreu entre os dias 9 e 30 de outubro”, informa o boletim Casa Rural.

Ainda segundo a Famasul, a expectativa é que a produção da safra seja dentro da média dos últimos 5 anos. “A área de soja no estado está em constante crescimento, a expansão ocorre em áreas que eram destinadas ao cultivo de pastagem e cana de açúcar. Observou-se aumento de áreas nos municípios: Juti, Bela Vista, Ponta Porã, Maracaju, Bonito, Aral Moreira, Terenos, Sete Quedas, Jaraguari, Bandeirantes, Campo Grande, Nova Alvorada do Sul, Rio brilhante, Caarapó, Laguna Carapã, Ribas do Rio Pardo, Jateí, Anaurilândia e Iguatemi”, pontua.

Com informações do Dourados News