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08/12/2016 às 20:00, Atualizado em 08/12/2016 às 23:01

Bolívia prende funcionário que autorizou operação da Lamia

No momento, a licença da empresa no país está suspensa.

A Procuradoria-Geral da Bolívia deteve nesta quinta-feira (8) o ex-diretor de Registro Aeronáutico Nacional, Gustavo Vargas, que autorizou a operação da companhia aérea Lamia, proprietária do avião que caiu com a delegação da Chapecoense. As informações são da Agência ANSA.

Gustavo Vargas é filho do diretor-geral da Lamia, também chamado Gustavo, e que foi preso ontem (7). A Procuradoria boliviana investiga se houve tráfico de influência para permitir que a Lamia funcionasse na Bolívia. No momento, a licença da empresa no país está suspensa.

Também foram apreendidos documentos na sede da Direção Geral de Aeronáutica Civil, em La Paz, órgão ao qual pertence o Registro Aeronáutico Nacional, onde Vargas foi diretor. Além disso, a Procuradoria não descarta convocar para depoimento o ministro de Obras Públicas, Milton Claros, que já havia cogitado a hipótese de tráfico de influência.

Fundada em 2009, no estado de Mérida, na Venezuela, a companhia aérea começou a operar apenas em 2014 e pouco depois transferiu sua sede para a Bolívia. Sua especialidade eram voos fretados para times de futebol da América Latina, já que oferecia flexibilidade para pousar em aeroportos remotos.

O avião que caiu com a Chapecoense, deixando 71 mortos, era o único de sua frota em condições de operar. Um de seus sócios era Miguel Quiroga, que pilotava a aeronave e morreu na tragédia. A principal hipótese para explicar o desastre é a falta de combustível.

REFÚGIO NO BRASIL

Celia Castedo Monasterio, funcionária da Administração de Aeroporto e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (Aasana). Ela é investigada como uma das responsáveis por autorizar voo da LaMia que caiu na Colômbia, há uma semana, matando 71 pessoas.

Na semana passada, o Ministério Público boliviano deu encaminhamento a queixa-crime contra Celia por “não cumprimento de deveres” e “atentado contra a segurança dos transportes”. Ela, por outro lado, informou as autoridades brasileiras que tem sido perseguida e não teria condições de impedir a saída do voo que matou integrantes da Chapecoense, jornalistas e tripulantes da LaMia.

Ela recebeu autorização para aguardar durante um ano resposta ao pedido de refúgio no Brasil.

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