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18/03/2020 às 06:29, Atualizado em 17/03/2020 às 17:26

ARTIGO: Você é honesto nos seus negócios?

Por - Wilson Aquino

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Divulgação

O ser humano é mesmo incrível. Dotado dos mais elevados sentimentos, é capaz de realizar belos atos de amor, bondade, fraternidade, e compaixão. Ao mesmo tempo, no cotidiano, no trabalho e nos negócios, a maioria sente um incontrolável desejo de tirar vantagens em tudo e sobre todos. E isto, mesmo sob o risco de cometer atos de injustiça qeu resultam em consequências que vão das mais simples, até as mais graves, para com o próximo.

No trânsito, por exemplo, quando faz manobras para se sobressair aos demais motoristas, de maneira deselegante, como a decisão de apressar-se para não permitir que o outro lhe tome a frente ou até mesmo ao adotar uma manobra arriscada com o mesmo propósito, são atitudes honestas? E quando recebe um troco a mais? Devolve?

No trabalho, mesmo longe dos olhos do empregador, o empregado cumpre fielmente suas funções, dedicando devidamente o tempo e serviço à empresa?

Da mesma forma com o patrão. Estaria ele sendo honesto quando paga baixos salários, mesmo sabendo que aquele serviço que lhe é prestado no dia a dia vale muito mais? E quando ganha milhões às custas dos serviços de empregados que recebem uma “miséria” de salário em relação ao que rendem? É justo? É honesto? Mesmo que os salários pagos sejam legais, como normalmente os são, pode-se dizer o mesmo se analisarmos do ponto de vista moral, e espiritual?

Em sua infinita bondade e sabedoria, Deus, por intermédio de seus profetas, tanto do velho como do novo testamento, há milhares de anos, já advertia o homem sobre a exploração do trabalho de seu semelhante.

Em Levítico (19:13), por exemplo, o Senhor é bem claro sobre isso quando ordena: “Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do diarista não ficará contigo até pela manhã”.

E mais: “Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus aposentos sem direito, que se serve do serviço do seu próximo sem remunerá-lo, e não lhe dá o salário do seu trabalho” (Jr. 22:13).

“Não oprimirás o diarista pobre e necessitado de teus irmãos, ou de teus estrangeiros, que está na tua terra e nas duas portas” (Dt. 24:14)

“No seu dia lhe pagarás a sua diária, e o sol não se porá sobre isso; porquanto pobre é, e sua vida depende disso; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado”(Dt. 24:15).

“Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos”(Tg. 5:4).

“E chegar-me-ei a vós para juízo; e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram falsamente, contra os que defraudam o diarista em seu salário, e a viúva, e o órfão, e que pervertem o direito do estrangeiro, e não temem o Senhor dos Exércitos”(Ml. 3:5).

São advertências pesadas que o Senhor faz a todos nós, alertando para que sejamos sempre honestos com nosso próximo e justos com aqueles que nos servem no dia a dia. Não podemos, de forma alguma, explorar os serviços daqueles que também nos ajudam a ganhar o pão de cada dia. Afinal, pagar salários dignos também é amar ao próximo.

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