Publicado em 19/08/2020 às 06:30, Atualizado em 18/08/2020 às 20:02

ARTIGO: Seja honesto e viva com dignidade!

Por - Wilson Aquino

Redação,
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Divulgação

Num país onde vão presos por roubo de dinheiro público e corrupção, presidente da República, senadores, governadores, deputados federais, ministros e membros dos mais altos escalões dos Três Poderes da Nação, parece difícil ser honesto e viver dignamente sem se influenciar por essa corrente de má conduta entesourada culturalmente por boa parte da sociedade. Entretanto, o homem não deve deixar-se influenciar pelo meio, mesmo que a maioria debande por um lado que não seja o mais recomendável moral e espiritualmente.

A honestidade é uma questão individual de caráter. Todo indivíduo, desde pequeno, deve sempre lutar para que seus atos e ações sejam sempre alicerçados em bons princípios, mesmo que tenhamos autoridades que não deem bons exemplos como temos visto nesses últimos tempos no Brasil onde a justiça tem trazido à tona os casos mais absurdos de desvios de bilhões de bilhões de reais dos cofres públicos.

Felizmente sabemos que grande parte da população não só não pactua com esses procedimentos imorais e criminosos, como também está sempre dando bons exemplos a serem seguidos. Esta semana mesmo conheci a história de um prefeito do interior do Espírito Santo que vem se destacando pela maneira palpável de honestidade no trato da coisa pública.

Ele tem conseguido fazer uma administração exemplar, realizando inúmeras obras em benefício da comunidade, mesmo com parcos recursos financeiros e em pleno período de crise, de pandemia. Conta que estancou todas as “torneiras” que provocavam evasão de recursos e se empenhou em realizar obras realmente prioritárias, valorizando cada centavo do dinheiro público. Ou seja, fez exatamente aquilo que deveria ser o “normal” em toda e qualquer administração pública.

Por diversas vezes já assisti também a reportagens sobre cidadãos humildes, como garis e catadores de materiais recicláveis, que acharam bolsas, carteiras e envelopes com dinheiro, que pertenciam a pessoas que as perderam. Em vez de ficarem com os recursos financeiros, não titubearam em procurar o legítimo dono para devolver.

Felizmente sim, são incontáveis casos de cidadãos honestos que demonstram bom caráter, tanto na condução da coisa pública nos negócios e atividades pessoais. Demonstram que receberam boa educação no lar onde certamente os pais foram (e sempre serão) de vital importância nesse processo.

Foi em casa também onde aprendi que não se deve subtrair as coisas alheias. Me recordo da infância, quando aos 9, 10 anos de idade, cheguei em casa com uma bola que de fato achara numa rua quando retornava da escola. Meu pai parou sério diante de mim e disse firme: - Volte lá e a deixe exatamente onde a encontrou. Obedeci, sem entender muito bem a lição e só mais tarde ele explicou que mesmo lá, na rua, perdida, aquela bola pertencia a alguém. E disse que como eu não sabia de quem era para entrega-la em mãos, melhor seria deixar onde estava. Aprendi a lição.

Dia desses, na empresa onde trabalho, encontrei uma nota de R$ 50,00 na escadaria que dá acesso ao piso superior, onde vários colegas trabalhavam. Eu a peguei, mas pensei logo: quem a teria perdido? Concluí que se saísse perguntando nos departamentos quem teria perdido uma nota de R$ 50,00, certamente acharia pelo menos uma meia dúzia que diria “eu”. Então, estrategicamente sai perguntando se alguém teria perdido “algum” dinheiro dentro da empresa. Como não encontrei ninguém e como também não me sentia no direito de ficar com a nota, a entreguei ao dono da empresa. Afinal, o recurso foi encontrado dentro da empresa dele. Se o achado fosse na calçada, certamente teria ficado com ela.

A honestidade em absolutamente tudo o que fazemos, falamos e pensamos encontra firme alicerce nos mandamentos e ensinamentos de Deus, que condena a desonestidade. Condena o ladrão. Não roubar é um dos 10 mandamentos Dele dados ao homem. Ser honesto significa decidir não mentir, roubar, enganar ou trapacear de modo algum.

Todo indivíduo honesto desenvolve uma força de caráter que lhe permite prestar grande serviço a Deus e às pessoas. Ele é abençoado com paz de consciência, respeito próprio e o mais importante: terá a confiança do Senhor.

Gosto muito das palavras de um grande líder religioso já falecido, Joseph F. Smith, que aconselhou: “Todo homem deve viver de tal forma que seu caráter passe incólume pelo mais rigoroso dos julgamentos e que sua vida possa ser vista como se fosse um livro aberto, para que ele nada tenha a temer ou de que se envergonhar”.