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27/12/2019 às 09:00, Atualizado em 26/12/2019 às 21:01

ARTIGO: A Caridade transcende o Natal

Por Wilson Aquino.

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Divulgação

Quando você se depara com uma pessoa que está se afogando, você pergunta a ela se precisa de socorro? Ou se joga para salvá-la? É evidente que nos atiramos. O mesmo princípio deveria ocorrer conosco no dia a dia quando nos deparamos com pessoas aflitas, desesperadas, atravessando os mais variados e avassaladores problemas. Entretanto, fingimos ignorância, indiferença, e seguimos nosso caminho, egoistamente, sem sequer deixarmos uma palavra de consolo, de esperança.

Especialmente agora, no período Natalino, a caridade procura aflorar mais no coração das pessoas, na tentativa delas se voltarem àquelas em dificuldade. Lamentavelmente em vão, por conta de corações duros e insensíveis ao sofrimento alheio. A maioria dá presentes mas bem poucos desenvolvem o verdadeiro sentido da caridade, visitando os enfermos nos hospitais, os abandonados em asilos, orfanatos e nas ruas.

É por conta também de um grande apelo comercial, para provocar o consumo, que se desencadeia também nesse período algumas campanhas que estimulam a caridade, a fraternidade, a solidariedade, procurando deixar as pessoas mais sensíveis em relação ao sofrimento do próximo.

Esse tímido despertar agora deveria servir de reflexão ao homem para se aprofundar nele não apenas em dezembro, mas nos 12 meses do ano, pois ajudar os necessitados é necessário e está relacionado ao segundo grande mandamento de Deus: Amar ao próximo como a ti mesmo.

Quem não conhece a passagem das Escrituras Sagradas em Mateus (22: 28-34) quando um “doutor da lei” pergunta a Jesus Cristo: - Mestre, qual é o grande mandamento da lei? E

Ele responde: - Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento.

E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Esses dois grandes ensinamentos resumem não apenas os mandamentos de Deus para toda a humanidade, em todos os tempos, mas é também o objetivo de toda Escritura Sagrada que Ele nos deixou para nos instruir sobre como devemos proceder para vivermos bem e cada vez melhor. Aqueles que obedecem alcançam a verdadeira e plena felicidade, e mais: serão salvas para a eternidade.

Quanto ao sofrimento das pessoas, não tenha dúvida, todos, absolutamente todos, passamos pelos mais variados e profundos problemas. Muitos consideram seus fardos muito pesados. Certamente porque não estão divinamente preparados para entender o Plano de Deus, que é o de vencermos todos os desafios que nos forem impostos. Entram em desespero e é aí que podemos interferir com nosso grande amor ao nosso próximo. Mesmo que não usemos de qualquer ajuda material para quem precisa de alguma coisa, nada nos impede de deixarmos simples palavras de conforto e de esperança àqueles que sofrem.

São tempos difíceis esses que atravessamos hoje. Existem pessoas ao nosso redor, em nosso caminho, que necessitam vitalmente de um socorro material, moral e/ou espiritual. Uma simples palavra de amor, com o real interesse e preocupação com o próximo, pode acalentar corações e salvar vidas.

Não se subestime. Não duvide de seu poder e capacidade de realmente ajudar pessoas com simples palavras proferidas com amor que podem tocar corações e mentes dos aflitos e desesperançados.

Acredite! Você pode salvar vidas. Dar força e esperança para o indivíduo suportar o próprio fardo para continuar firme na jornada.

Você pode não ter no momento um pedaço de pão para aplacar a fome de uma pessoa ou de uma família, mas seu simples interesse em ajudar, sendo solidário, você vai contribuir e muito para um futuro melhor de quem sofre. Palavras de amor e consolo podem ajudar muito mais do que se tivesse nas mãos um pedaço de pão para doar.

Permita-se ser guiado pelo Espírito de Deus para exercer a caridade, que é o puro amor de Cristo. Por ser assim, certamente faz milagres como se tem verificado e testemunhado em todo o mundo, em todos os tempos.

E que esse Espírito, que aflora até nos corações mais duros, seja “cultivado” por todos durante os 12 meses do ano. Desta forma teremos uma sociedade mais justa e melhor assistida por homens e mulheres que exercem bem e com amor, a Caridade.

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