Publicado em 18/08/2020 às 18:00, Atualizado em 18/08/2020 às 17:57

Arcebisco classificou como “crime hediondo” aborto realizado em criança estuprada

Dom Walmor é presidente da CNBB e fez a declaração em postagem no Facebook

Redação,

O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o arcebispo dom Walmor, disse considerar a interrupção legal da gravidez feita em uma menina, de 10 anos, vítima de estupro, como um “crime hediondo”.

A declaração de dom Walmor ocorreu através de uma postagem em seu perfil pessoal do Facebook, publicada nesta segunda-feira (17), na nota além de considerar a interrupção da gravidez como “crime hediondo” ele ainda completou dizendo que a “violência do abordo não se explica”.

Conforme publicado no portal UOL, de acordo com a PC-ES (Polícia Civil do Espirito Santo” a criança era vítima de estupros do próprio tio há quatro anos, mas o caso só chegou até a polícia no último dia 8 de agosto.

O crime foi descoberto quando a criança deu entrada em um hospital público com suspeita de estar gravida. Após realização de exames foi descoberto que a vítima já estava na 22° semana de gestação.

O aborto legal, com autorização judicial, foi realizado no domingo (16) e ontem (17). O suspeito dos crimes, tio da criança, foi encontrado nesta hoje (18), na região metropolitana de Belo Horizonte.

Com a repercussão do caso, grupos extremistas chegaram a realizar protestos contra o procedimento que seria realizado na criança. O presidente da CNBB utilizou sua conta para classificar a operação como “crime hediondo”. Na nota ele ainda disse que “a violência sexual é terrível, mas a violência do aborto não se explica”.