Depois do fim da era dos salários nababescos na área de dramaturgia, processo iniciado há quase 4 anos, chegou a vez do jornalismo da Globo.
Tensão e nervosismo atingem esse departamento há algumas semanas, pois já se sabe que a emissora decidiu acabar também com os chamados "supersalários" na área de reportagem, em especial os dos chamados "repórteres medalhões".
Por "supersalários" entenda-se ganhos mensais acima de R$ 40 mil. O corte deve atingir não só a Globo, mas também a Globonews.
Sabe-se que dentro do grupo há alguns repórteres veteranos que ganham R$ 40 mil, R$ 50 mil e até R$ 60 mil mensais.
Muitos desses são repórteres especializados; já outros foram correspondentes internacionais; alguns atuam eventualmente como âncoras ou trabalham em outros programas no grupo; todos são veteranos.
A maioria é contratada e registrada em carteira (CLT), daí o pânico: eles podem ser demitidos a qualquer momento.
Com suas longas carreiras, eles conseguiram elevar muito seus rendimentos em relação aos colegas. Só que agora a Globo quer estabelecer uma espécie de "teto" salarial na reportagem.
Existe hoje em relação a ganhos uma enorme discrepância entre esses repórteres antigos e os novos. Sendo que em muitos casos os dois profissionais trabalham (e rendem) o mesmo.
A medida redutora não atinge (por ora) âncoras dos telejornais da casa, mas pode afetar seus substitutos eventuais.
A recente saída de Carla Vilhena da emissora, por exemplo, já teve relação com essas novas medidas.
Com informações do UOL
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