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01/12/2017 às 20:00, Atualizado em 01/12/2017 às 15:47

AMPLAVISÃO: O choro ‘made in Paraguai’ dos corruptos

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Divulgação

DAY AFTER’ Depois de tanta confusão e barulho foi aprovado o projeto da Reforma Previdenciária na Assembleia Legislativa. E pergunto: quem de fato poderá ser beneficiado politicamente com a postura contrária ao projeto? Qual será a densidade dos eleitores que poderão se vingar nas urnas? Seria suficiente para decidir o pleito?

REPRISE A Central Única dos Trabalhadores, Partido Comunista do Brasil, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Diretório Regional do PT, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação e a Federação dos Trabalhadores em Educação de MS – com seus anúncios nos jornais – criticam o projeto. Mas qual o peso político efetivo destas entidades? É a pergunta a ser avaliada no cenário estadual.

INDAGA-SE: O que estaria pensando o eleitor comum, que não exerce função no Governo Estadual, a respeito destas mudanças na Previdência? Aliás, esse cidadão da iniciativa privada sabe: hoje o teto de sua aposentadoria pelo INSS é de R$5.531,31. Já no serviço público estadual 25% tem proventos superiores ao citado teto. Esse pessoal pagará contribuição de 14% a partir de maio de 2018. Já 75% restante do funcionalismo continuará pagando 11% de contribuição. Quanto ao Governo, aumentará sua contra partida de 22% para 24% a partir de 2019.

NUMEROS Estive com o secretário Carlos A. de Assis, da Administração e falamos sobre os números relacionados ao funcionalismo público. Após comparações com alguns Estados que não se adequaram aos novos tempos, ele lembrou que o reajuste linear de 2,94% dado pelo Governo a partir de setembro último, teve um impacto mensal de R$ 11 milhões na ‘folha’. Em 2014 o custo com os funcionários era de R$3,9 bilhões e em R$ 2016 pulou para R$ 5,3 bilhões.

ARREMATE O poder de mobilização do funcionalismo público é notório. Mas para o deputado Zé Teixeira (DEM) o Governo teve a coragem de tomar medidas impopulares, apesar dos riscos de desgastes eleitorais. Já o deputado Junior Mochi (PMDB) lembrou que o tempo fará justiça ao Governo em fazer sua parte dentro do projeto nacional para salvar o sistema previdenciário. O deputado foi muito bem nos debates e articulações com os representantes dos funcionários. Não perdeu a autoridade e a compostura.

A PROPÓSITO O Brasil está envelhecendo. Em breve, neste ritmo, vai consumir mais bengalas e menos chupetas. Chegamos a 205,5 milhões de brasileiros e os ‘sessentões’ já são 14,4% do total. Nos últimos 4 anos a população cresceu 3,4%. Com isso, as regras atuais da previdência ficam inviáveis. A dúvida é se os políticos pensarão no futuro do país ou só nas eleições de 2018. Temo que a Reforma da Previdência não passe.

NO CLIMA PDT e PMDB afinando as violas para 2018. Os pedetistas elegendo nesta sexta feira o novo diretório regional já com as figuras do Juiz Odilon de Oliveira e do ex-deputado Antonio C. Biffi. Na outra ponta os peemedebistas elegendo neste sábado o novo diretório com a presidência reservada ao ex-governador André Puccinelli. Cada partido ao seu estilo e clima fazendo seu barulho. O eleitor – de olho!

CARLOS STEPHANINI Impossível não gostar dele. Antes de ser Desembargador advogava com seu colega Claudionor Abss Duarte ( hoje Desembargador no TJMS) no escritório que na rua 14 de junho ( Casas Bahia). Candidato a vice governador na chapa de José Elias Moreira em 1982, veio o primeiro desafio: viajar de avião. Stephanini tem pavor avião e coube ao seu colega Claudionor dirigir um ‘valente’ Chevette por todo o Estado. A derrota não o abalou. Manteve-se agradável. Política? Só da boa vizinhança.

SÔNIA CALDART Infelizmente a nossa colega jornalista e apresentadora de TV perdeu totalmente a visão mesmo após vários anos de tratamento contra a ‘retinopatia autoimune’. Fase difícil, mas aos 60 anos de idade não perdeu o prazer pela vida, já aprende ‘braile’ e vai tentando se adaptar a nova realidade. Exemplo para os ‘chorões’ de plantão reavaliar a vida. Sônia merece nosso carinho e atenção redobrados.

É PENA! Os sucessores do ex-governador de Mato Grosso José Fragelli, falecido aos 95 anos de idade em 30/04/2010 sem intenção de cultivar sua memória. A casa – por exemplo - que serviu de residência a família, que poderia ser transformada numa Casa Cultural foi locada a terceiros junto com os móveis. Insisto: a biografia de Fragelli, rica em conteúdo daria um excelente livro de Memórias. Pretendo abordar o caso com o deputado Felipe Orro (PSDB) ligado a família Fragelli.

DESAFIO Essa fase de escândalos políticos que parece interminável tem dois aspectos diametralmente opostos. Se por um lado pode a varrer definitivamente do cenário aquelas figuras horrorosas e malandras, poderá atrair gente limpa e preparada para a vida pública. O texto justifica a opinião do general da França Charles De Gaulle: “a política é assunto sério demais para ser deixada nas mãos dos políticos”.

‘SEM ILUSÕES’ O máximo que se viu dos políticos flagrados nos últimos escândalos foi um chorinho ‘made in Paraguai’. Nada mais! Seria ingenuidade esperar atos extremos para lavar a honra, como do croata Slodoban Praljak que tomou veneno após ouvir sentença judicial por matança de muçulmanos na Guerra da Bósnia. Já o ex-governador Sergio Cabral (PMDB) desfruta de iguarias importadas.

MEMÓRIA Nas eleições presidenciais de 1989, o ex-ministro dos transportes Afonso Camargo virou figura folclórica no horário eleitoral. Dava aula de civismo, ensinava as crianças a escovarem os dentes e marcou como o ‘candidato do vale transporte’. Candidato do PTB obteve só 379.286 votos ( 0,52%), em 11º lugar dentre os 22 postulantes. Antes, fora vice governador do Paraná, senador duas vezes, ministro por 3 vezes e deputado federal por 4 mandatos. Morreu em 2011 aos 81 anos de idade.

‘BELEZA’ O último programa do PMDB na televisão nem parecia o partido das lideranças que tem povoado o noticiário policial. O senador Romero Jucá (RO), por exemplo, foi hilário, não convenceu. Fotos e imagens foram utilizados na defesa do caso JBS. A velha aliança com o PT foi criticada como se o PMDB não tivesse participado da administração de Dilma Roussef. Aliás, o programa bem que poderia ter aproveitado o deputado Carlos Marum (PMDB), com estilo adequado ao evento.

SALVAÇÃO Repercutindo bem nos círculos e entidades ligados ao meio ambiente a relatoria do senador Pedro Chaves (PSC) do projeto da Lei do Pantanal e o Fundo do Pantanal na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Vão limitar a ação humana no bioma pantaneiro, garantindo o desenvolvimento sem prejuízo ao meio ambiente, além de ajudar nos investimentos para controle e fiscalização permanente. A autoria é do senador Blairo Maggi (PP).

POR TABELA Sem discutir a veracidade dos números surpreendentes de pesquisas ( não divulgados na mídia) para aferir a tendência do eleitor, o governador de Mato Grosso Pedro Taques ( PSDB) é citado como exemplo de gestor incompetente pela sua origem do serviço público onde era Procurador Federal. A intenção é atingir o pré-candidato Odilon de Oliveira (PDT) com idêntica origem de labor. Mas em política não se chuta cachorro morto, com ou sem rabo.

ESTIGMATIZADO No artigo 3º - III - sobre os deveres, do Código de Ética do PR consta: “manter conduta ética, pessoal e profissional...”. Mas o próprio presidente Antonio Carlos Rodrigues acabou preso por corrupção, a exemplo do ex-presidente Valdemar Costa Neto no caso do Mensalão. Lembra? O diabo é que o PR tem 38 deputados federais e 4 senadores. Aliás, o presidente Temer consultou Valdemar nas ultimas votações e nomeou o afilhado Mario Mandolfo para presidência da Valec. O partido vale quanto pesa. O resto é titica de grilo.

MEU DEDO Apenas como jornalista uma observação no julgamento do matador do Brunão, o segurança morto numa boate aqui na capital. Após a sentença condenatória a mãe do réu lamentou o critério adotado pelos jurados. Convenhamos: ela teve melhor sorte do que mãe da vítima porque terá seu filho vivo de volta. Já para a outra mãe um resto de vida de saudades doloridas.

“Aqui também existe pena de morte. Mas só para a vítima”. ( Max Nunes).

Por Manoel Afonso

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