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22/01/2017 às 15:00, Atualizado em 22/01/2017 às 15:28

Amigos criticam insinuações sobre atividade de mato-grossense que morreu junto com Teori

Moradora de Juina morreu na queda do avião.

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Reprodução Internet

Amigos da jovem Maíra Panas, de 23 anos, que morreu em um acidente aéreo em Paraty (RJ), estão utilizando as redes sociais para rebater comentários maldosos sobre as atividades profissionais de Maíra - que atuava como massoterapeuta (profissional que utiliza técnicas de massagem para tratar problemas de saúde).

Segundo eles, os comentários estão maculando a reputação da jovem.

O acidente ocorreu na tarde de quinta-feira (19) e vitimou outras quatro pessoas. Entre elas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavaski, o empresário Carlos Filgueiras, dono do Hotel Emiliano, em São Paulo e a mãe de Maíra, Maria Hilda Panas.

De acordo com a amiga de Maíra, Luciana Souza Cruz, desde a confirmação de que os corpos das duas mulheres retirados dos destroços do avião eram de Maíra e de sua mãe, os amigos estão enfrentando uma “batalha” para esclarecer a situação.

“Muita maldade vem sendo dita à respeito dela”, afirmou.

Luciana disse que há muito preconceito em torno da profissão de massoterapeuta e que até mesmo veículos de comunicação estariam divulgando informações sobre a morte da jovem “em tom sarcástico”.

“A gente quer muito esclarecer tudo isso, porque a Maíra era muito íntegra e essa imagem que estão querendo atribuir a ela não existe. Não podemos deixar manchar a imagem de uma pessoa assim, que não está nem aqui para se defender”, indignou-se.

“A profissão de massoterapia sofre há muito tempo com esse tipo de pensamento, as pessoas querem associar esse trabalho a uma massagem erótica, à prostituição, e não tem nada a ver”, acrescentou.

Conforme a amiga, Maíra prestava serviços de massagens à rede de hotéis Emiliano desde que chegou a São Paulo.

Recentemente, segundo Luciana, a jovem teria deixado de trabalhar para o hotel e estava atendendo a domicilio, por ser uma opção mais rentável.

“A Maíra era muito esforçada e tratava todo mundo muito bem. Esse foi um diferencial que chamou a atenção do pessoal do Hotel. Recentemente procuraram ela porque o Seo Carlos ia precisar de uma massoterapeuta que pudesse acompanha-lo até Paraty, nessa viagem”.

De acordo com Luciana, inicialmente a amiga não havia aceitado o trabalho, pois sua mãe Maria Hilda estava viajando a passeio para São Paulo. Porém, Maíra mudou de ideia quando ofereceram hospedagem para as duas durante a viagem.

Maria Hilda era moradora de Juína (735 Km a noroeste de Cuiabá) e estava em São Paulo desde o começo da semana para comemorar seu aniversário na companhia da filha, que mora na capital paulista há dois anos.

“Tudo que ela podia fazer pra ajudar a mãe ela fazia, até mesmo financeiramente. Ela trabalhava demais aqui em São Paulo. Além da massoterapia, dava aulas de dança para crianças e vendia sucos e sopas detox na faculdade”, disse.

Maíra Panas cursava Fisioterapia na Universidade Paulista (Unip), em São Paulo. No Facebook, a instituição prestou uma homenagem à jovem.

“Seus amigos e professores já sentem saudades”, cita trecho da publicação.

O corpo de Maíra e de sua mãe estão sendo transladados para o município mato-grossense, onde serão sepultados. Não há informações sobre o horário de chegada dos corpos.

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