Publicado em 19/02/2019 às 16:14, Atualizado em 19/02/2019 às 17:59

Alvo da PF, Fiems diz que federais buscavam informações sobre contratos entre 2010 e 2013

Através de nota encaminhada a imprensa.

Redação,
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Divulgação

Alvo de mandado de busca e apreensão dentro da Operação Fantoche, desencadeada hoje em Mato Grosso do Sul e outros seis Estados, a Fiems (Federação das Indústrias de MS), disse que as equipes da Polícia Federal que estiveram na sede da entidade buscavam informações sobre projetos executados entre os anos de 2010 e 2013.

“Em Mato Grosso do Sul, os serviços se deram por meio de processo de licitação, modalidade concorrência, e foram devidamente executados com as respectivas prestações de contas aprovadas pelos órgãos de controle. O Sistema Fiems permanece à disposição das autoridades para qualquer tipo de esclarecimento”, diz a nota.

Os agentes ficaram por aproximadamente 3h na sede da Federação nesta manhã.

No Estado são dois mandados de busca e apreensão sendo cumpridos.

Conforme a PF, a ação conta com o apoio do Tribunal de Contas da União e, ao todo, com a participação de 213 policiais federais e 8 auditores do TCU cumprindo 40 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária.

Além do MS, os fatos ocorreram em Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal e Alagoas.

Investigações

Segundo as investigações, um grupo de empresas, sob o controle de um mesmo núcleo familiar, atuou de forma contínua, desde o ano de 2002, executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades paraestatais do intitulado “Sistema S”.

Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões decorrentes desses contratos.

A atuação do grupo consistia na utilização de entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o Ministério e Unidades do Sistema S. Tais contratos, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade eram superfaturados e/ou com inexecução parcial.

Os recursos decorrentes deles eram posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial, por intermédio de empresas de fachada.