Publicado em 04/01/2021 às 07:00, Atualizado em 03/01/2021 às 20:46

Advogado de MS denuncia ao CNJ juíza que defende aglomerações no país

Juíza mineira passou a defender abertamente as aglomerações no litoral brasileiro

Redação,

O advogado de MS, José Belga Assis Trad, pediu que o Conselho Nacional de Justiça apure a conduta da juíza Ludmila Lins Grilo, que atua em Buritis, Minas Gerais, por postagens em que a magistrada defende a aglomeração de pessoas em plena epidemia do novo coronavírus.

Segundo o documento, ignorando os esforços do CNJ, das autoridades sanitárias e dos profissionais da saúde, a juíza passou a defender abertamente as aglomerações nas praias e festas do litoral brasileiro.

O pedido destaca publicações feitas por Grilo no Twitter. “Uma cidade que não se entregou docilmente ao medo, histeria ou depressão”, diz a magistrada em um vídeo que mostra pessoas reunidas em Búzios, no Rio de Janeiro.

De acordo com a peça encaminhada ao CNJ, “ao se manifestar contra as recomendações das autoridades sanitárias, embora não tenha formação e não seja médica sanitarista, o publico que tem acesso ao conteúdo das postagens da doutora passa a confundir a opinião, infundada, da magistrada com a da magistratura”.

“Mais ainda”, prossegue, “as pessoas que nela confiam por ser uma autoridade integrante do Poder Judiciário certamente serão influenciadas por sua irresponsável e inconsequente manifestação, que, de tão absurda, pode estar a configurar crime de apologia à infração de medida sanitária preventiva”.

Outra publicação da juíza traz um vídeo de pessoas aglomeradas na praia enquanto assistem à queima de fogos de artifício. No post, ela escreve a hashtag “AglomeraBrasil”.

No documento que pede a apuração de eventual infração ético disciplinar por parte de Grilo, Trad destaca que o Código de Ética da Magistratura Nacional impõe uma série de restrições e exigências aos juízes, entre elas a de que o magistrado se comporte na vida privada de modo a dignificar sua função.

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