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25/03/2020 às 12:35, Atualizado em 25/03/2020 às 11:37

Acomasul defende o retorno ao trabalho na construção civil depois dos 15 dias de quarentena

O alento veio em 2019 quando o PIB cresceu 1,6%.

A Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul) está preocupada com o rumo do setor da construção civil devido a pandemia do coronavírus. O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, baixou um decreto suspendendo as atividades na construção civil por 15 dias. A medida afeta diretamente cerca de 50 mil trabalhadores em Mato Grosso do Sul.

“Os trabalhadores estão em férias coletivas até a primeira semana de abril. Até lá, as autoridades ficaram de avaliar a situação da curva epidêmica para só então avaliarem o que fazer”, explica o presidente da Acomasul, Adão Castilho.

Castilho diz que o setor não suporta ficar mais que duas semanas parado. Para ele, o retorno do trabalho é essencial para garantir o emprego, e evitar demissões em uma área que é o alicerce da economia. Nos últimos cinco anos, a construção civil foi um dos setores mais atingidos pela crise econômica registrando PIB negativo de 2014 a 2018. O alento veio em 2019 quando o PIB cresceu 1,6%. “Agora em 2020, estávamos otimistas inclusive com a recuperação do emprego e renda. É claro que a situação no momento exige o esforço de todos para conter a proliferação deste mal que assola o mundo, mas devemos já pensar em alternativas para além de salvar vidas, salvar também o emprego e a economia”.

O presidente da Acomasul defende que o prefeito de Campo Grande estabeleça a volta ao trabalho quando encerradas as duas semanas de quarentena. “Penso que os canteiros de obras possam ser reabertos com todos os cuidados necessários para evitar o coronavírus. Neste sentido, patrões e empregados vão estar engajados nessa luta, mesmo porque esses 15 dias de quarentena vão nos trazer lições e hábitos de higiene”, diz Castilho.

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