Publicado em 27/08/2016 às 11:02, Atualizado em 27/08/2016 às 12:07

Acidentes com moto quase triplicam em três anos

Somente entre os anos de 2000 e 2012, mais de 220 mil pessoas morreram no Brasil

Redação,
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Neste acidente um casal ficou gravemente ferido na MS-143, no mês de maio deste ano em Nova Andradina

Foto: Marcos Donzeli

As motocicletas vêm, ao longo do tempo, ocupando as ruas das principais cidades brasileiras. Um meio de transporte rápido, que evita as filas de trânsito, facilita o deslocamento e o estacionamento e é mais fácil de ser adquirido. Entre 1990 e 2011, as vendas no Brasil alcançaram a marca de 2,1 milhões de unidades. No mesmo período, o faturamento do setor ascendeu de US$ 741 milhões para cerca de US$ 8,7 bilhões. Mais de 24,3 milhões de motos circulam pelo Brasil, de acordo com dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) de 2015, equivalente a 29% de todos os veículos em circulação no país.

Mas o aumento da frota e o sucesso comercial trouxeram uma trágica estatística. Somente entre os anos de 2000 e 2012, mais de 220 mil pessoas morreram no Brasil e 1,6 milhão ficaram permanentes inválidas em razão de acidentes de trânsito, segundo levantamento da seguradora Líder, responsável pelo DPVAT (seguro obrigatório). Dados do Ministério da Saúde de 2015 mostram que, em dez anos, o número de mortes provocadas por acidentes de moto aumentou 280%. São 12 mil vítimas por ano. Esse tipo de ocorrência foi responsável por um aumento de 115% no número de internações em hospitais públicos. Por ano, elas custam quase R$ 30 milhões para o SUS (Sistema Único de Saúde).

Em Nova Andradina, os acidentes envolvendo motos é rotineiro. Nas rodovias da região também, segundo dados da PMR (Polícia Militar Rodoviária).