Publicado em 24/10/2015 às 14:32, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24

WTorre proíbe Adidas de explorar estádio do Palmeiras e pode aumentar briga

Nova Notícias - Todo mundo lê

Redação, UOL

A relação entre WTorre e Palmeiras continua conturbada, e ganhou mais um capítulo nesta semana, agora envolvendo a Adidas, fornecedora de material esportivo do clube. A construtora, através da Real Arenas, braço que cuida da arena palmeirense, entrou com uma ação judicial e conseguiu uma liminar para impedir a patrocinadora do alviverde de explorar a marca do Allianz Parque.

O alvo da ação é uma camiseta lançada pela Adidas, chamada Adidas Stadium, que conta com uma imagem da arena alviverde e os dizeres "La Nostra Casa". O produto não utiliza a nomenclatura oficial do estádio, Allianz Parque.

A construtora, que firmou o contrato de naming rights com a seguradora Allianz, afirma que a Adidas está explorando o estádio sem autorização; que omite os naming rights de forma ilegal; que não pagou os devidos royalties e que danifica a imagem do estádio ao não utilizar o logotipo e a nomenclatura oficial.

A juíza Elaine Evaristo, da 20ª Vara Cível da Capital, acolheu o pedido, e concedeu uma liminar que proíbe a Adidas de comercializar e produzir a camiseta, e a tirar de circulação os exemplares já existentes. A empresa alemã , após ser notificada, terá 48 horas para obedecer, sob pena de pagar multa diária de R$ 50 mil.

No final da ação, a WTorre ainda cobra uma indenização no valor de todas as camisetas que chegaram a ser vendidas. Procurada pela reportagem, a construtora afirmou que não irá comentar o caso. A Adidas, por sua vez, disse que ainda não foi notificada oficialmente da ação. O UOL Esporte apurou que o Palmeiras ainda não tomou conhecimento da ação.

Mal estar

Divergências antigas dominam as relações entre Palmeiras e WTorre: o clube e a construtora discutem em um processo de arbitragem o número de cadeiras às quais cada um tem direito, contratualmente. O alviverde quer ceder 10 mil, enquanto construtora quer ter controle de 100% dos assentos. Os shows de música no local, que as vezes danificam o gramado, também já foram alvo de discussões.

Além disso, a empresa colocou na discussão o fato dos descontos que são dados pelo Avanti, argumentando que a prática dificulta a venda por um valor maior. O Palmeiras, no entanto, entende ter o direito de ter relacionamento com seu sócio-torcedor. O Avanti é sucesso absoluto, foi destaque em uma arrancada em 2015 e está entre os três maiores programas do país.

A Real Arenas enfrenta um pedido de falência na Justiça, mas descarta abrir mão do direito de exploração do estádio. No final de agosto a empresa disse ao UOL Esporte que não recebeu propostas e não pretende vender sua participação.