Publicado em 03/08/2015 às 11:21, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24

Valdivia acusa Nobre de mentiroso e diz ter sido injustiçado no Palmeiras

Nova Notícias - Todo mundo lê

Redação, UOL

Valdivia não digeriu a maneira como deixou o Palmeiras. Em entrevista ao O Estado de S. Paulo, o meia chileno acusou o presidente do clube, Paulo Nobre, de ter usado a imprensa de maneira mentirosa para justificar o fim do vínculo entre Palmeiras e atleta.

Valdivia alega que não houve reunião para discutir renovação salarial e que o único contato feito pela diretoria para negociar ocorreu por e-mail.

O jogador diz que Nobre deu outra versão à mídia e torcedores: a de que não dava para competir com o mercado árabe.

"Vamos ser sinceros. Para fora, a diretoria me falou que me queria e para dentro, quem cobre o Palmeiras sabe que eles não me queriam. E, por falar em sinceridade, o Paulo Nobre sempre falava que eu tinha que me encaixar no contrato de produtividade, porque todo mundo que chegou se encaixou. Isso não é verdade. Vocês sabem que não tem jogadores com produtividade. Não sei por que ficar mentindo", declarou Valdivia ao jornal.

"Gostaria muito que ele continuasse, até encerrasse a carreira aqui, e fizemos uma proposta dentro do que julgávamos coerente para a permanência. Agora, você precisa respeitar o lado do jogador, veio uma proposta provavelmente irrecusável do mundo árabe, e ele tem todo direito de aumentar o pé de meia. Esse dinheiro, quando surge, as pessoas precisam entender: palmeirenses somos nós, eles são profissionais, por mais que gostem do Palmeiras ou de outro clube. Quando essas propostas surgem, precisa encarar isso com naturalidade", disse o mandatário.

Valdivia negou ser chinelinho

Durante o período em que defendeu o Palmeiras, Valdivia frequentemente se ausentou dos jogos em virtudes de lesões. E os constantes afastamentos lhe renderam o apelido de "chinelinho".

O ex-camisa 10 do clube conta que jamais fez corpo mole, atacou o departamento médico do clube e acrescenta que arriscou sua integridade atuando sem nenhuma condição de jogo.

"Eu tomei infiltração várias vezes, arrisquei minha carreira e uma Copa do Mundo porque o Palmeiras estava na Série B e fiquei, ao contrário de outros", declarou Valdivia, que afirma ter sido relacionado para determinados jogos sem nenhuma condição física.

"O Kleina [Gilson, ex-treinador do Palmeiras] me chamou e entrei [para o jogo], mesmo o médico falando que eu não devia jogar. Pode perguntar ao doutor Otávio Vilhena".

Valdivia afirma que tinha confiança no tratamento médico que recebia na seleção chilena. Durante muitos anos o Palmeiras não primou por bons serviços de fisioterapia, acusa o meia.

"No Palmeiras, eu não tinha isso, até porque só agora o clube tem uma fisioterapia de time grande".