Publicado em 04/04/2015 às 06:30, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24

Público e renda 2015: confira o desempenho do seu time no estadual

Nova Notícias - Todo mundo lê

Redação, g1 ms

"O torcedor do interior acompanha mais o futebol estadual do que quem mora em Campo Grande". Essa ideia, que já virou chavão para quem vive o dia a dia do Campeonato Sul-Mato-Grossense, pode ser facilmente comprovada pelos números. Os clubes da capital decepcionam quando o assunto é público e renda na competição. Este ano, Cene, Comercial-MS e Novoperário ocuparam os últimos lugares no quesito público, na comparação entre os 12 times da Série A. A renda acompanhou o mau desempenho nas arquibancadas.

Pelo quarto ano seguido, o GloboEsporte.com produz um levantamento exclusivo sobre a frequência dos torcedores nos estádios do campeonato estadual. Os dados são baseados nos borderôs divulgados pela Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), e se referem aos 60 jogos disputados na primeira fase - entre os dias 31 de janeiro e 22 de março.

PúblicoO fraco desempenho das equipes da capital no quesito público tem explicação. O problema esteve nos estádios. A ausência do Morenão, vetado pelo Ministério Público Estadual por oferecer risco à segurança do torcedor, pesou negativamente. As outras duas opções de estádio - Jacques da Luz e Olho do Furacão - situam-se em regiões afastadas do centro da cidade. Além disso, dois jogos tiveram de ser disputados com portões fechados.

Por outro lado, quem fez bonito foi o Corumbaense. O Carijó da Avenida, que voltou à elite estadual em 2015, contou com a ajuda maciça da torcida no estádio Arthur Marinho. O recorde de público na primeira fase ficou com o alvinegro: 1.827 pagantes no duelo contra o Ubiratan pela 9ª rodada.

Renda

Se tem pouca gente nas arquibancadas, a renda também despenca. Só que no caso dos times da capital, o Novoperário sofreu com um agravante. Depois de ter sido multado pelo Procon-MS por venda irregular de ingressos na temporada passada, o clube entrou em acordo e abriu os portões gratuitamente em duas partidas. 

Falando em renda, adivinha quem foi o campeão de arrecadação na primeira fase? O Corumbaense, claro. Com R$ 61 mil arrecadados em cinco jogos, o Carijó fez mais que o dobro do segundo colocado, o Naviraiense. 

EvoluçãoDe uma forma geral, o campeonato estadual vem perdendo público pagante ao longo dos últimos anos. Esse não é um quadro exclusivo de Mato Grosso do Sul e se verifica em estaduais de várias regiões do país. No Sul-Mato-Grossense, enquanto que a média em 2013 era de mais de 700 pessoas por jogo, este ano a média desabou para 456 por partida. Em relação ao ano passado, a queda foi de 11%. No comparativo com 2013, a queda foi ainda maior: 36%.

Mesmo com vários times fazendo promoção de ingressos a preços populares, o retorno não foi o esperado. Os números mostram que os dirigentes precisam rever seus conceitos sobre as estratégias para atrair de volta o torcedor às arquibancadas. Afinal de contas, com plateia o espetáculo só tem a crescer.

Evolução de público e renda do Campeonato Sul-Mato-Grossense (Foto: Editoria de Arte)Evolução de público e renda do Campeonato Sul-Mato-Grossense (Foto: Editoria de Arte)