Para Felipão, geração olímpica estava “engasgada” com mexicanos

Os jogadores da Seleção Brasileira tentaram evitar, antes da partida contra o México, um clima de revanche por conta da derrota para o adversário na final das Olimpíadas de Londres. No entanto, depois do triunfo por 2 a 0 nesta quarta-feira, o técnico Luiz Felipe Scolari reconheceu que alguns atletas ainda não haviam digerido a derrota para o oponente no ano passado.

"Sempre quando há um clássico entre seleções das Américas do Sul, Central e do Norte, temos um probleminha a ser resolvido. Contra o México, parece que nós não vínhamos ganhando há alguns jogos. Nas Olimpíadas, ficou aquele mau resultado engasgando alguns daqui que participaram", afirmou.O sonho do ouro olímpico no futebol masculino foi adiado mais uma vez com a derrota por 2 a 1 na decisão de 2012, quando o Brasil ainda era dirigido por Mano Menezes. Do atual elenco da Seleção, seis jogadores participaram do tropeço naquela decisão: Thiago Silva, Marcelo, Oscar e Neymar foram titulares, enquanto Lucas e Hulk entraram no decorrer.

Por coincidência, o México contou nesta quarta-feira com jogadores que foram campeões nas Olimpíadas, como o goleiro Corona e o defensor Mier. Mas o México não suportou a pressão do Brasil em Fortaleza e foi eliminado antecipadamente na primeira fase da Copa das Confederações.

De quebra, a Seleção também amenizou um retrospecto negativo recente diante dos mexicanos. Antes da vitória desta quarta, o Brasil havia enfrentado o adversário 11 vezes neste século, com duas vitórias, seis derrotas e três empates.

Diante de tudo isso, Felipão considerou normais os lances mais ríspidos, que partiram em sua maioria do adversário. "Não teve nenhum lance com intenção de machucar. Foi só um pouco mais viril", concluiu.