Publicado em 11/05/2015 às 06:17, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24

Palmeiras e W. Torre unem-se contra abuso do contrato de TV

Nova Notícias - Todo mundo lê

Redação, UOL

Divergentes em diversos pontos do contrato de parceria do estádio Allianz Parque e em disputa na arbitragem há quase dois anos, Palmeiras e W. Torre fizeram uma união histórica no sábado, dia do jogo Palmeiras x Atlético. Durante toda a semana e especialmente no sábado, as duas partes se juntaram para discutir com detentora dos direitos de TV e a CBF o que consideram um abuso do contrato para transmissão dos jogos do Brasileirão.

A detentora dos direitos notificou o Palmeiras de que as placas com o nome oficial do estádio, Allianz Parque, não poderiam ser exibidas durante as transmissões das partidas no anel inferior. Isso porque o contrato assinado prevê que a parte próximo ao campo que pode ser vista na transmissão só pode ter patrocinadores oficiais do torneio, os mesmos da detentora dos direitos.

Palmeiras e W. Torre argumentaram, mas não conseguiram vencer a disputa antes do início da partida. Por isso, as placas do lado exibido pela transmissão foram cobertas por funcionários do Palmeiras, com camisetas com a inscrição “Avanti, pouco antes do apito inicial.

Ainda no primeiro tempo, um grupo de torcedores ajudou a retirar a cobertura e a marca Allianz Parque voltou a ser exibida normalmente. Há uma versão segundo a qual a W. Torre retirou a cobertura, porque o Palmeiras teria conseguido autorização da CBF para exibir a marca com o nome oficial do estádio.

Em 2011, quando o Clube dos 13 se desfez e os contratos de TV passaram a ser negociados individualmente, clube a clube, circularam informações de que a detentora dos direitos de transmissão se comprometeria a falar o nome oficial dos estádios após a venda dos naming rights, onde eles acontecessem. Isso não se confirmou e não está no contrato por falha dos departamentos jurídicos dos clubes que assinaram.

Em 2011, o novo contrato de TV do Palmeiras — assinado individualmente — foi responsabilidade da gestão de Arnaldo Tirone. Como o Palmeiras, o São Paulo já se manifestou contra a possibilidade de exibir marcas das lojas que ocupam o anel inferior do Morumbi. Também julga que há um exagero no contrato. Dar exclusividade às placas de publicidade que ficam à margem do campo, perto da linha lateral, seria o bastante, na opinião dos clubes.

Mas isso terá de se discutir com a CBF e a detentora dos direitos. Ou esperar o novo contrato para redigi-lo de acordo com os interesses dos clubes proprietários de estádios.