"O Palmeiras não é lugar de aposentado". Foram essas palavras que a presidente Leila Pereira escolheu para descrever a dificuldade do clube com contratações nesta temporada, e são essas palavras que traduzem o pensamento da diretoria e comissão técnica para 2024.
Em meio à disputa do Brasileirão, o Palmeiras traçou o perfil de reforços para o próximo ano e entregou as necessidades de Abel Ferreira ao departamento de análise: reforços pontuais, no limite de investimento do clube e com possibilidade de lucro futuro.
A busca do departamento de análise, por sua vez, será por três a quatro contratações e obedecendo a algumas premissas - com relação à idade, por exemplo. Leila, aliás, fez questão de ressaltar por mais de uma vez a necessidade de atletas de perfil mais jovem - fazendo referência aos termos "aposentar" e "aposentado" pelo menos cinco vezes ao longo de sua última entrevista.
– O Palmeiras não é lugar de aposentado. Contratação é caro, então quero jogadores que podem resolver. Não vou contratar atleta aposentado em atividade. Não é nossa mentalidade, não quero. Não quero uma performance de um ano, eu quero continuidade – afirma.
Em 2022, o Palmeiras fez 10 contratações ao longo da temporada e terminou emprestando atletas que não se adaptaram. Em 2023, diz a presidente, a opção foi por ter "um pouco mais de cuidado" para não sobrecarregar o clube financeiramente.
– Quem paga essa contratação é o clube e eu não posso sobrecarregar acima do que é possível pagar. Eu penso o Palmeira a longo prazo. Quero que o Palmeiras continue sendo protagonista sempre - explica.
O excesso de cautela, contudo, terminou com apenas dois reforços contratados ao longo de 2023 - com o atacante Artur e o volante Richard Ríos - e a movimentação virou motivo de críticas da torcida, que pediu reforços e viu o Verdão passar em branco na segunda janela de transferências do ano.
O desafio para 2024, portanto, será conciliar planos e expectativas.
A prioridade do clube será pelas contratações de um primeiro volante - uma vez que não conseguiu suprir a saída de Danilo depois da saída para o Nottingham Forest (ING) - e também por opções no ataque, que tem sua maior carência pelo lado esquerdo do campo devido à lesão de Dudu.
Se não alcançar as opções desejadas, contudo, a tendência é de que o Palmeiras repita a postura de 2023. Leila Pereira reforça que não mudará os planos por pressão externa e mantém a ideia de contratar menos, mas gastar para valorizar o elenco, se assim for preciso.
– Se dentro do planejamento, analistas apresentarem atletas que não queiram vir para o Brasil e não tivermos outras opções, vamos trabalhar com o que temos – diz a presidente.
– Se não é aquele atleta que vá suprir as necessidades do nosso treinador, eu prefiro não trazer. Prefiro dar espaço a nossa base, que é a melhor do Brasil, prefiro priorizar as renovações – completa.
Fonte - GE
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