Os reparos feitos anualmente no estádio Morenão não têm sido suficientes para que o maior estádio de Mato Grosso do Sul mantenha seus portões abertos para os torcedores. As obras feitas no local, obedecendo às recomendações do Ministério Público Estadual, são cada vez mais paliativas, contribuindo para a retração do futebol estadual.
Nas contas da Federação Estadual de Futebol, já foram investidos somente pela entidade mais de R$ 1 milhão para reparos. Mas não tem sido suficiente. Em 2017, o governo do Estado anunciou investimentos de R$ 200 mil.
Na edição deste ano do Campeonato Estadual, o Morenão recebeu 24 partidas e mais um jogo pela Copa do Brasil. Porém, assim que o torneio regional chegou ao fim o Operário precisou correr contra o tempo e deixar o Jacques da Luz pronto para disputar o Campeonato Brasileiro da Série D.
O vice-presidente da Federação Estadual, Marco Tavares, lamenta a situação e é taxativo. “A federação não mexe mais [no Morenão] até ter apoio da Universidade Federal e do governo”, afirma.
Infiltrações nas marquises e falta de acessibilidade são alguns dos problemas do estádio. Nos últimos anos somente a arquibancada coberta e cadeiras foram liberadas para a torcida, limitando a capacidade para pouco mais de 9 mil pessoas.
Segundo Tavares, a federação também pede a troca do gramado com sistema de irrigação informatizado. “Não existe isso de cano para molhar, com mangueira”, diz.
O diretor-presidente da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), Marcelo Miranda, afirma que nos últimos 4 anos foram investidos pelo governo cerca de R$ 2,5 milhões para o Campeonato Estadual. Parte deste valor também teria sido destinada ao estádio.
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