Buscar

11/04/2025 às 10:00, Atualizado em 11/04/2025 às 08:52

Jogador Payet do Vasco é investigado por violência contra advogada

Payet deve ser ouvido nos próximos dias. O Vasco disse que, por ora, não vai comentar o caso.

Cb image default
Divulgação

O jogador de futebol francês Dimitri Payet, do Vasco da Gama, foi acusado por uma advogada catarinense de violência física, moral, psicológica e sexual.

Larissa Natalya Ferrari, de 28 anos, afirmou que teve um relacionamento extraconjugal de setembro de 2024 e março deste ano com o atleta, que é casado há 18 anos com uma francesa e tem quatro filhos. Segundo ela, as violências começaram após crises de ciúmes dele. Os registros de ocorrência foram feitos nas polícias Civil do Rio de Janeiro e do Paraná, onde pediu uma medida protetiva.

Os registros foram feitos entre 29 de março e 30 de abril, como revelou o jornal Extra. O portal g1 conversou com Larissa e teve acesso aos registros de ocorrência da Polícia Civil do Paraná e da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.

Payet deve ser ouvido nos próximos dias. O Vasco disse que, por ora, não vai comentar o caso.

Nos depoimentos, a advogada disse que "foi agredida por Dimitri Payet, deixando marcas em seu corpo, e sofreu violência física, moral, psicológica e sexual". Ainda de acordo com os documentos, os ataques aconteceram entre os dias 25 de janeiro e 6 de fevereiro.

Larissa afirmou que foi vítima de humilhações e teria sido atacada toda vez que o Payet sentia ciúmes dela. Ela também enviou fotos em que aparecem hematomas que, segundo ela, são marcas das violências de Payet.

"Os primeiros sinais das agressões foram em dezembro. Eu pedi dois ingressos para Vasco e Atlético Mineiro: um para mim e um para uma amiga. E a minha amiga postou uma foto dessa cortesia sem aparecer o nome dele e publicou no Instagram. E ele ficou muito bravo comigo. Foi a primeira vez que ele me ofendeu bastante, usou pressão psicológica comigo e foi a primeira vez que a gente discutiu", contou Larissa.

A advogada relata que a atitude do jogador, então, mudou.

"A partir desse dia, ele começou a comentar sobre palavras de punição, porque eu tinha decepcionado ele. Eu comecei a me sentir violada emocionalmente porque ele já começou a fazer essa pressão comigo. Na relação sexual, ele passou a me bater, pisar no meu rosto, no meu corpo. Eu ficava receosa de falar algo, porque eu sabia que aquilo era uma punição por eu ter errado e se eu não aceitasse a punição, eu poderia perder ele. Então, é, eu acabava aceitando", relatou.

De acordo com o boletim de ocorrência, a advogada disse que Payet fazia "chantagem emocional para ganhar vantagem sexual".

Larissa diz sofrer de transtorno de personalidade Borderline, caracterizado por flutuações bruscas de humor e hipersensibilidade nas relações pessoais. Ela afirma que o jogador sabia da condição e se aproveitou disso.

"Dimitri sabia da minha paixão e de problemas psicológicos, usando isso contra mim. Dimitri me convenceu a colocar minha cabeça no lixo, no vaso sanitário, me fez tomar minha própria urina e outras bizarrices sexuais", contou a mulher, em depoimento.

A Polícia Civil do Paraná confirmou que houve um registro de ocorrência, na cidade de União da Vitória. Segundo a corporação, no dia 3 de abril, a delegacia de União da Vitória encaminhou o caso para a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Torcedora do Vasco desde a infância, Larissa contou que os primeiros contatos com o jogador aconteceram por meio do Instagram, onde Payet pediu o Whatsapp, e depois passaram a ter encontros pessoalmente.

Ela destacou que precisou deixar o Rio de Janeiro e, atualmente, faz acompanhamento com psicólogos e psiquiatras, além de tomar remédios controlados para se tratar do trauma que sofreu. E que seu objetivo ao falar sobre a história é ajudar mulheres que estejam em situações semelhantes.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.