Frio, chuva e seleção com 22 mil pessoas: por que a CBF tirou jogos às 21h45 de Porto Alegre

Pesadelo de nove em cada dez torcedores, os jogos às 21h45 não farão mais os gaúchos perderem o sono com a volta para casa nas rodadas de meio de semana no Brasileiro. A princípio, deverá ser assim até setembro nos confrontos em Porto Alegre. Não é por acaso: ainda no ano passado, a CBF recebeu contato de representantes da dupla Gre-Nal para que o horário fosse discutido.

Foi feita uma contextualização da realidade local para que ele fosse evitado na cidade ao menos durante o inverno.

Funcionou.

Na tabela detalhada do campeonato até a sua 11ª rodada, nenhum compromisso de Grêmio e Inter foi marcado para mais tarde do que as 19h30. O mesmo não foi feito, contudo, em relação a outros clubes da região - no período, o Coritiba atua por três vezes às 21h ou depois, o Figueirense, duas, e a Chapecoense, uma.

Entre os motivos listados nas conversas com o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, e o gerente de estádios, Rômulo Reis, estão o frio, a chuva e o público reduzido nos estádios em partidas com horário mais avançado.

Na argumentação, foi mencionado que a própria seleção brasileira sofreu nessas condições, na vitória de 1 a 0 sobre Honduras, em junho do ano passado, no Beira Rio, em seu último teste antes da Copa América-2015. Na ocasião, o clima ruim colaborou para que somente 22.305 mil torcedores acompanhassem o amistoso.