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22/08/2016 às 16:30, Atualizado em 22/08/2016 às 17:48

Empresa cancela patrocínio de Ryan Lochte após assalto forjado nos Jogos Olímpicos

O nadador americano Ryan Lochte, envolvido no caso de falsa declaração de assalto durante os Jogos Olímpicos do Rio, perdeu seu primeiro patrocinador nesta segunda-feira (22).

A Speedo USA anunciou que não apoiará mais o atleta. Além da marca de materiais esportivos de natação, Lochte também conta com patrocínio da marca de colchões Airweave e da grife de roupas Ralph Lauren, que ainda não se manifestaram.

"Como parte da decisão, a Speedo USA doará US$ 50 mil dólares do valor pago a Lochte à Save The Children, uma instituição global de caridade parceira da matriz da Speedo, para crianças do Brasil", declarou a companhia em comunicado divulgado em seu Twitter.

"Embora tenhamos usufruído de um relacionamento vitorioso com Ryan [Lochte] por mais de uma década e ele tenha sido um membro importante do time Speedo, nós não podemos perdoar comportamento que vai contra os valores que esta marca defende há tanto tempo", afirmou a empresa.

A Speedo agradeceu os feitos de Lochte, e disse ainda que "espera que ele siga adiante e aprenda com essa experiência".

ENTENDA O CASO

A polêmica envolvendo quatro nadadores dos EUA começou durante a Olimpíada do Rio, quando Ryan Lochte, 32, afirmou ter sido assaltado na madrugada, quando voltava à Vila Olímpica depois de sair de uma casa temática da França na Lagoa Rodrigo de Freitas.

Ele estava acompanhado por outros três nadadores: Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen.

Três dias depois, a Justiça do Rio entendeu que havia divergências nos relatos dos atletas e determinou a apreensão dos passaportes dos nadadores norte-americanos Ryan Lochte e Jimmy Feigen. Com a medida, eles estariam impedidos de sair do Brasil. Lochte, porém, já havia deixado o país 24h antes do impedimento da Justiça.

A Polícia Federal, então, impediu o embarque de dois nadadores americanos, Gunnar Bentz e Jack Conger, em um voo com destino aos Estados Unidos. Eles foram impedidos de deixar o Brasil até prestarem esclarecimentos à Polícia Civil sobre o suposto assalto, na quinta (18).

A Folha de S.Paulo esteve no posto de gasolina em que os atletas disseram ter sido assaltados e entrevistou o dono do estabelecimento, que pediu para não ser identificado. Ele afirma que os americanos "não entraram no banheiro. Começaram a urinar no jardim e na parede na lateral da loja".

Câmeras de segurança do posto gravaram o ocorrido. As imagens foram exibidas pela TV Globo.

Os policiais concluíram que os atletas se envolveram em uma briga quando retornavam à Vila Olímpica e que não houve um assalto.

O comitê olímpico dos EUA e Ryan Lochte pediram desculpas ao Brasil.

Além de possíveis perdas com patrocinadores, Lochte pode sofrer punições também no âmbito esportivo.

O diretor-geral do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, Scott Blackmun, prometeu neste domingo (21) que os quatro atletas americanos da equipe de natação devem receber sanções em breve.

Folhapress

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