Publicado em 22/09/2016 às 18:00, Atualizado em 22/09/2016 às 20:27

Dorival: estávamos no limite, não priorizei em 2015

Treinador do Santos fala sobre saída de auxiliar, analisa arbitragem e reclama de punições.

Redação,

Chegando novamente em fases decisivas da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro, o técnico Dorival Júnior relembrou as campanhas do Santos na última temporada. Depois de escalar reservas no Brasileirão e perder a decisão para o Palmeiras, o treinador ressalta que o fato de poupar jogadores não foi uma escolha.

"Acompanhei os testes diários e me passaram que eles não estavam totalmente recuperados. Eu tinha a fisiologia, os médicos, o departamento físico e próprios os jogadores me pedindo para poupar. Um ou dois pediram pra entrar em campo. Por isso, escalei os reservas e não voltaria atrás. Não tem o que fazer numa situação como essa. Tínhamos uma decisão com o Palmeiras", contou Dorival em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta quinta-feira.

"Estávamos no limite. O David Braz se lesionou praticamente sozinho. Se muitos jogadores tivesse se machucado, hoje poderíamos estar falando que fui olho grande, que deveria ter priorizado algo", completou.

Dorival também falou sobre a saída do auxiliar técnico Marcelo Fernandes, que comandou o Peixe na campanha do título paulista de 2015.

"Tivemos um ano e três meses com ele. Nunca deixamos nada transparecer. Sempre foi cordial, profissional. Fiquei espantado quando vi boatos sobre brigas, intrigas. Houve uma mudança interna e sobre isso não gostaria de falar mais nada. É uma grande pessoa, bom profissional. Deixo bem claro que não houve nenhum atrito meu com ele", explicou o treinador.

Arbitragem

Punido por duas partidas após as reclamações na derrota para o Internacional, Dorival ressalta que a decisão não foi justa por conta das manifestações constantes de outras equipes.

"Vemos isso em todas as rodadas. E a única equipe punida até o momento foi o Santos. Fico impressionado. Ontem eu vi outros times fazerem as mesmas colocações. E isso nós temos visto desde o começo do campeonato. Não nos dão nem oportunidade de defesa", analisou o técnico.

O comandante do Peixe garante que há muito o que melhorar na arbitragem. "As autoridades internacionais deveriam analisar isso. Na minha época como jogador, corríamos no máximo 7 km por jogo. Hoje, temos jogadores com 12 km, 13 km. É impossível acompanhar o ritmo, os juízes estão apitando no meio-campo. Não conseguem chegar na área. O árbitro fica vendido sem a tecnologia".