Publicado em 09/01/2015 às 15:50, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24

Craque do último título, Bruno deixa o Palmeiras pela porta dos fundos

Nova Notícias - Todo mundo lê

Redação, UOL

Completando 18 anos de casa em 2015, Bruno terá um fim de passagem melancólica no Palmeiras. O goleiro foi afastado no seu último ano de contrato e precisará treinar separado de seus colegas, sempre em horário alternativo.

Campeão da Copa do Brasil em 2012, com direito ao prêmio de melhor goleiro da competição, Bruno disse entender a decisão e que são coisas do futebol, mas não escondeu que fica chateado por ter de permanecer no clube alviverde nesta situação.

"Eu faço 18 anos de clube, não é qualquer coisa. E não sou burro. Quando o Oswaldo falou que só queria quatro goleiros, eu entendi. Graças a Deus sou bom de matemática e vi que não teria espaço para mim, ainda mais com o Vinícius fazendo um campeonato sub-20 muito bom. Ele e o Fábio são o futuro do Palmeiras", afirmou.

"É ruim ser afastado assim, né? Nunca tinha passado por isso. São 18 anos, não cheguei ontem, é uma vida, uma história. Mas tudo bem, são coisas do futebol. Amanhã chega outro treinador que gosta de mim e eu jogo", completou.

Sem empresário, Bruno é quem recebe e cuida do seu futuro. De acordo com ele, ainda não houve nenhuma proposta concreta para que ele consiga mudar de equipe.

De acordo com Bruno, o que mais marcou negativamente a sua passagem foi o erro na partida contra o Tijuana, nas oitavas de final da Libertadores de 2013, quando ele falhou de forma decisiva para a eliminação alviverde.

Segundo ele, nem mesmo a sombra de substituir o grande ídolo Marcos foi tão decisiva quanto o lance que o afastou das opções usadas no clube.

"Em 2012, eu fui campeão, joguei bem em 2012 no Brasileirão, sempre dei a cara a tapa ao lado do Maurício Ramos, dando entrevistas e tudo mais. E eu levei muita culpa nessa época, sendo que se você chamar alguém que entende de futebol, vai achar três, quatro falhas. Eu era o segundo goleiro que mais fazia defesas difíceis, só atrás do Cavalieri. Depois, joguei a Série B muito bem, fiz os sete primeiros jogos, o que precisaria de muita personalidade", afirmou Bruno.

"E acho que nem foi a sombra de Marcos. O mais difícil eu fiz, que foi jogar e ser campeão nacional, mesmo depois do Marcos. A pressão em cima de mim, talvez, aconteça pelo tempo de casa que tenho", completou.

Bruno ficará afastado no Palmeiras e não deve ter chances de jogar no Allianz Parque. Ele torce para que, um dia, consiga atuar no novo estádio palmeirense. "Quem sabe eu posso voltar para lá e jogar contra?".